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Perguntas e respostas sobre a OPA da Renováveis

A OPA da EDP sobre a Renováveis já arrancou. Conheça as datas e as condições da oferta.

Miguel Baltazar/Negócios
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O que propõe a EDP?

A eléctrica propõe comprar os 22,5% que não detém da EDP Renováveis. Ofereceu 6,80 euros por cada acção, o que implica um investimento máximo de 1,33 mil milhões de euros. Entretanto a EDP Renováveis pagou um dividendo de 0,05 euros, pelo que a contrapartida desceu para 6,75 euros.

 

Qual o prémio?

A contrapartida de 6,80 euros correspondia a um prémio de 8,5% face à cotação de fecho das acções no dia 27 de Março, antes do anúncio de lançamento da OPA, (6,267 euros) e de 10,5% em relação à média da cotação nos seis meses anteriores.

A contrapartida pode ser revista?

Sim. A lei permite que a contrapartida possa ser revista. Mas dificilmente acontecerá. Os analistas acreditam que não haverá uma revisão em alta. O Haitong diz que a probabilidade de um aumento do preço pago pela EDP é agora ainda menor, já que ficou definido um mecanismo de saída para os minoritários que não venderem na operação.

Qual o objectivo da operação?

Ao comprar a Renováveis, a EDP quer "reforçar a aposta como líder na actividade de produção de energia através de fontes renováveis e continuar a apostar no crescimento do negócio e actividade da EDP Renováveis". Esta operação deverá também permitir aumentar a sua exposição à "actividade desenvolvida pela EDP Renováveis, com o intuito de beneficiar em maior escala do crescimento atractivo das energias renováveis".

 

A EDP Renováveis vai sair de bolsa?

Há várias opções, mas essa é a intenção da EDP, que admite fundir as duas cotadas.

 

- Se conseguir mais de 90% do capital e obtiver mais de 90% do capital sob oferta:

A eléctrica liderada por António Mexia avança com a retirada da Renováveis de bolsa. Avança com OPA potestativa, em que os accionistas serão obrigados a vender a 6,75 euros.

 

- Se ficar com 90% do capital mas obtiver menos de 90% do capital sob oferta:

A EDP avança com a exclusão de negociação bolsista da Renováveis. E dá início à ordem permanente de compra, o instrumento que tem como objectivo proteger os pequenos investidores. O valor está fixado em 6,75 euros, o mesmo da oferta inicial, e prolonga-se por um prazo máximo entre três a seis meses.

 

- Caso não chegue aos 90% do capital

A EDP não poderá retirar a Renováveis de bolsa, mas, como já alertaram os analistas, a acção ficará sem liquidez, pelo que a negociação destes títulos será limitada. Neste momento, detém 77,5% da subsidiária de energias verdes.

 

Como será financiada a OPA?

A compra da Renováveis será financiada parcialmente com o dinheiro proveniente da venda da espanhola Naturgas, um negócio realizado por 2,5 mil milhões de euros. Entretanto a EDP celebrou um contrato de financiamento com o Santander para garantir que tem os 1,32 mil milhões de euros que pode ter de gastar na operação.

Quais os prazos da oferta?

A OPA começou esta quinta-feira, 6 de Julho, e prolonga-se até dia 3 de Agosto. As ordens de venda poderão ser revogadas até ao dia 31 de Julho e os resultados da operação serão conhecidos a 4 de Agosto. A liquidação deverá decorrer a 8 de Agosto.

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