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Accionistas da EDP Renováveis têm até hoje para vender acções na OPA

Termina esta tarde o prazo da OPA lançada pela EDP sobre a EDP Renováveis. Os resultados são conhecidos amanhã. As acções da Renováveis recuam na bolsa de Lisboa.

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O limite para vender acções da EDP Renováveis na OPA termina esta tarde às 15:00. Os resultados são conhecidos amanhã. A 27 de Março, a eléctrica liderada por António Mexia anunciou o lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a sua subsidiária EDP Renováveis. Aceitava pagar 6,80 euros por cada acção.

Poucos dias depois, a EDP revelou que ia pagar um dividendo de 5 cêntimos por acção a partir de 8 de Maio, o que se traduzia numa descida de 5 cêntimos do valor oferecido por cada acção na operação (6,75 euros).

Com esta operação, a eléctrica, explicou na altura, pretende "reforçar a aposta como líder na actividade de produção de energia através de fontes renováveis e continuar a apostar no crescimento do negócio e actividade da EDP Renováveis".

Se, com esta OPA, a eléctrica conseguir mais de 90% do capital e obtiver mais de 90% do capital sob oferta, a EDP avança com a OPA potestativa, em que os accionistas serão obrigados a vender a 6,75 euros. Neste cenário, a EDP pode avançar para a retirada da Renováveis de bolsa, conforme já sinalizou. 


Mas, se apenas conseguir os 90% dos direitos de voto da empresa de energias verdes (neste momento, tem 77,5%), e não conseguir os 90% dos direitos sob oferta, a EDP propõe avançar com uma ordem irrevogável de compra, no valor de 6,75 euros. Uma ordem permanente de compra que terá "um prazo máximo de três a seis meses após a aprovação do pedido de exclusão de negociação". 

Caso não consiga ter sucesso na OPA potestativa, ou conseguir superar os 90% do capital da EDP Renováveis, a EDP pode avançar para uma fusão trans-fronteiriça com a EDP Renováveis que terá como consequência a retirada da Renováveis de bolsa.

Dois dos accionistas da EDP Renováveis já vieram a público dizer que não aceitam vender nesta OPA por 6,75 euros. O accionista norte-americano da EDP Renováveis, a MFS Investment, veio a público dizer que não vai vender na OPA. A MFS Investment Management detém 4% do capital social e direitos de voto da EDP Renováveis, representando 18,3% das acções que estão sob oferta. A gestora de activos diz ser a maior accionista da EDP Renováveis, depois da EDP.


A nega da MFS significa que a EDP pode não vir conseguir reunir as duas condições para uma OPA potestativa e deverá ter que avançar para a ordem irrevogável de compra, com uma ordem permanente de compra, a 6,75 euros, no prazo máximo de três a seis meses.

Também a gestora de activos britânica Ecofin defende que os 6,75 euros oferecidos pela EDP na OPA à Renováveis são baixos e rejeita vender. Os britânicos criticam que a EDP queira forçar uma fusão sem ter em conta os minoritários e também deixa críticas aos reguladores ibéricos.


Depois da Ecofin e da MFS terem tornado públicas as suas decisões, António Mexia disse que não ter expectativas formadas sobre o desfecho da operação. "Vamos ficar muito confortáveis com qualquer resultado, esta era uma oferta sem condições", disse o presidente executivo da EDP.

 

A poucas horas do fim do prazo, as acções da empresa liderada por Manso Neto descem 0,19% para 6,752 euros – muito próximo do valor da OPA.

A liquidez do título está a ser baixa, já que trocaram de mãos mais de 177 mil acções e a média diária dos últimos seis meses é de mais de 537 mil acções. Desde o início do ano que a empresa de energia limpa recua em bolsa 11,85%. A capitalização bolsista da cotada está acima dos 5,8 mil milhões de euros.

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