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EDP Renováveis converge para a OPA mas há compras acima de 6,75 euros

No dia em que apresentou uma mais do que duplicação dos lucros, a EDP Renováveis está a cair em bolsa. O motivo é a garantia da EDP de que não vai aumentar o preço da OPA para mais de 6,75 euros.

Miguel Baltazar/Negócios
26 de Julho de 2017 às 10:43
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Em queda. Foi assim que a EDP Renováveis amanheceu esta quarta-feira, 26 de Julho, na Bolsa de Lisboa. A acção desceu já ao preço da oferta pública de aquisição (OPA) depois de a EDP ter dito que não o iria aumentar. Mas continua, agora, a negociar acima dos 6,75 euros que a eléctrica propõe por cada título. 

 

As acções da empresa presidida por João Manso Neto (na foto, ao lado de António Mexia) começaram, aliás, a sessão nos 6,74 euros, uma desvalorização superior a 3% em relação ao preço de fecho de ontem, e 1 cêntimo abaixo do valor da OPA. Agora, os títulos seguem em queda, perdendo 2,84% para 6,762 euros. Houve já transacções a 6,85 euros. Estas são as cotações mais baixas desde que a EDP revelou a intenção de ficar com os 22,5% da EDP Renováveis que não detém, no final de Março.

 

Nas primeiras duas horas e meia de negociação, foram já trocadas quase 1,3 milhões de acções da Renováveis, mais do dobro da média diária nos últimos seis meses. Aliás, esta é uma das sessões com maior volume desde o anúncio da OPA.

 

A movimentação segue-se a uma garantia vinda esta terça-feira da EDP: "o preço da oferta não será objecto de revisão e se manterá, por conseguinte, nos 6,75 euros por acção". A eléctrica liderada por António Mexia só poderá elevar a contrapartida até esta quinta-feira, a cinco dias do fim da operação, marcado para 3 de Agosto.

Probabilidade de revisão cortada "em grande medida"

 

"Esta divulgação parece uma resposta à carta aberta da MFS – que detém uma participação de 4,11% na EDP Renováveis – frisando o seu desagrado em relação ao preço da oferta, o que, na nossa perspectiva, diminui em grande medida a probabilidade de uma revisão em alta", indica o banco de investimento do BPI, na nota de "research".

 

A mesma posição é descrita pelo Haitong Bank: "não há suspresa porque não se esperava uma subida do preço oferecido pela EDP". Daí que o analista Jorge Guimarães antecipasse uma reacção negativa do preço da Renováveis, para convergir com a contrapartida, o que está a ocorrer. 

 

A desvalorização dos títulos da Renováveis, que estão a pesar no desempenho do índice português PSI-20, ocorre apesar de até ter apresentado uma mais do que duplicação dos lucros no primeiro semestre do ano. A eléctrica registou um resultado líquido positivo de 134 milhões de euros, superando as expectativas dos analistas.

 

"Os resultados da EDPR foram bons, com crescimentos interessantes e ficaram em linha com as estimativas", sublinha o CaixaBI, acrescentando, contudo, "que mais importante do que resultados é a oferta pública de aquisição lançada pela EDP sobre as acções dos minoritários da EDPR". A EDP detém 77,5% e quer comprar o restante capital.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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