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EDP Renováveis mais do que duplica lucros para 134 milhões de euros

Os lucros da EDP Renováveis ficaram acima do esperado pelos bancos de investimento nacionais. O EBITDA avançou 11% e as menores amortizações ajudaram ao resultado. A dívida líquida agravou-se.

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26 de Julho de 2017 às 07:37
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A EDP Renováveis conseguiu mais do que duplicar os seus lucros nos primeiros seis meses do ano. Em vez dos 59 milhões de euros alcançados entre Janeiro e Junho de 2016, a empresa gerida por João Manso Neto (na foto, com António Mexia) atingiu um lucro de 134 milhões de euros.

 

O valor apresentado pela companhia do Grupo EDP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, esta quarta-feira 26 de Julho, é superior aos 128 milhões de euros antecipados pelo CaixaBI, ultrapassando igualmente os 117 milhões esperados pelo Haitong Bank.

                                                                                                                       

As receitas da empresa aumentaram 11% para 988 milhões de euros no período, em resultado sobretudo da nova capacidade de produção da eléctrica. Por sua vez, os custos operacionais agravaram-se 10% para 288,9 milhões de euros no semestre, tanto no campo do pessoal como dos fornecimentos externos.

 

Já o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu os 719 milhões de euros nos seis meses terminados em Junho, o que representa uma subida de 11% face ao mesmo período do ano anterior, "beneficiando da superior produção". Segundo os dados provisionais, a produção subiu 9% no primeiro semestre com a ajuda do mercado norte-americano.

 

EUA ajudam resultado operacional

 

Com um nível de amortizações 11% inferior ao semestre homólogo, o EBIT (resultado antes de juros e impostos) somou 30% para se fixar em 458,6 milhões de euros. Para o EBIT, o maior contributo foi da Europa, de 235,9 milhões de euros, um aumento de 2% (com Espanha a marcar um aumento e Portugal um retrocesso). Contudo, o maior aumento do EBIT em termos homólogos foi da América do Norte, com um valor de 224,8 milhões, mais 75%.

 

Com resultados financeiros menos negativos, o resultado líquido do exercício atribuível aos accionistas mais do que duplicou.

 

Dívida soma 14%

 

Com o referido aumento do EBITDA, a EDP Renováveis "gerou um fluxo de caixa operacional de 535 milhões de euros" no período. 

 

No final do mesmo semestre, a dívida líquida da EDP Renováveis, que está sob OPA da sua principal accionista, a EDP – que afirmou ontem que mantém a contrapartida da operação em 6,75 euros por acção – aumentou 14% para 3.130 milhões de euros.

 

Segundo a empresa, o número espelha "os investimentos realizados no período e a consolidação da dívida do México, juntamente com o fluxo de caixa gerado pelos activos no período, os recebimentos das vendas de participações minoritárias e as conversações cambiais".

 

A dívida financeira era de 3.405 milhões de euros, mais 45% que em igual período. "Em Junho de 2017, 73% da dívida financeira da EDP Renováveis era relativa a empréstimos de longo prazo junto do Grupo EDP – principal accionista – com os restantes 27% relativos a empréstimos bancários", indica a eléctrica de energias verdes. 

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