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EDP Renováveis cai mais de 2,5% depois de EDP manter preço da OPA
A eléctrica liderada por António Mexia comunicou ontem ao mercado que ia manter o preço da OPA nos 6,75 euros. Na primeira sessão após esse comunicado, as acções chegaram a negociar abaixo do preço da OPA, mas fecharam ligeiramente acima desse valor.
A EDP Renováveis revelou esta manhã que mais que duplicou os lucros nos primeiros seis meses. O resultado líquido da cotada liderada por Manso Neto (na foto) atingiu os 134 milhões de euros nos primeiros seis meses. Mas nem isso travou a queda dos títulos na bolsa nacional.
A EDP comunicou ontem ao mercado que ia manter o preço da OPA lançada sobre a Renováveis nos 6,75 euros. E essa notícia acabou por penalizar o título, que esteve todo dia em terreno negativo e encerrou a descer 2,59% para 6,78 euros. Durante a sessão, as acções da EDP Renováveis chegaram a desvalorizar 3,16% para 6,74 euros (abaixo do valor da OPA).
A liquidez neste dia foi elevada, tendo trocado de mãos mais de 1,8 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses é pouco superior a 500 mil títulos.
Apesar da desvalorização registada nesta sessão, desde o início do ano, o título acumula um ganho superior a 12%. A capitalização bolsista supera os 5.900 milhões de euros.
Esta manhã, numa nota de "research", o banco de investimento do BPI, defendeu que "esta divulgação [que a EDP mantém o preço] parece uma resposta à carta aberta da MFS – que detém uma participação de 4,11% na EDP Renováveis – frisando o seu desagrado em relação ao preço da oferta, o que, na nossa perspectiva, diminui em grande medida a probabilidade de uma revisão em alta".
A mesma posição é descrita pelo Haitong Bank: "não há suspresa porque não se esperava uma subida do preço oferecido pela EDP". Daí que o analista Jorge Guimarães antecipasse uma reacção negativa do preço da Renováveis, para convergir com a contrapartida, o que está a ocorrer.