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EDP Renováveis negoceia 11 cêntimos acima da OPA

É o segundo dia de quedas para a cotada presidida por Manso Neto, mas nem por isso o preço ajusta ao valor da OPA. Entre os minoritários há cepticismo de que a oferta tenha êxito.

Miguel Baltazar/Negócios
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Apesar do segundo dia de decurso da oferta lançada pela EDP ser também a segunda sessão de perdas em bolsa, o valor por acção da EDP Renováveis continua acima do que é oferecido na OPA da empresa liderada por António Mexia.


A cotar nos 6,864 euros esta sexta-feira, 7 de Julho, com uma desvalorização de 0,42%, a Renováveis está ainda assim 11 cêntimos acima dos 6,75 oferecidos pela EDP (um valor que exclui os cinco cêntimos de dividendo já distribuídos aos accionistas em Maio).


Um preço que sinaliza que os investidores estarão à espera de uma revisão em alta da oferta por parte da EDP, algo que o banco de investimento Haitong considerou ontem ser pouco provável.


O Negócios noticia hoje que os accionistas minoritários duvidam do êxito da oferta que pretende adquirir os 22,5% do capital que a EDP ainda não controla para o que, cumulativamente, terá de alcançar 90% dos direitos de voto e 90% do capital sob oferta.


"Atingir os 90% de direitos de voto objecto da oferta é muito difícil. A probabilidade de isso acontecer é diminuta. Sabemos onde está o capital que não vai aceitar a oferta e há ainda aqueles investidores que não vão aceitar por inércia ou por desconhecimento", explica Octávio Viana, o presidente da Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM), ao Negócios.


O responsável considera que o valor proposto pela EDP não parece "ajustado" e que, uma vez que a eléctrica mantém uma ordem irrevogável de compra nos seis meses seguintes ao desfecho, caso consigo superar os 90% dos direitos de voto, "os investidores não têm necessidade de vender na primeira oferta." Outros representantes de minoritários, como a MSF Investments e Ecofin, manifestaram igualmente dúvidas sobre o preço. Se a EDP não atingir os 90% dos direitos de voto da Renováveis, já não poderá lançar uma ordem irrevogável.

Do lado da EDP, o valor proposto é "uma proposta atractiva" para os minoritários, disse ao Negócios fonte da empresa. A energética fez publicar esta sexta-feira na imprensa nacional os detalhes da oferta que decorre até às 15:00 de 3 de Agosto, reafirmando que admite pedir a saída da cotada da bolsa caso alcance mais de 90% dos direitos de voto quando apurado o resultado da oferta.

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