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Horta Osório consegue bónus devido a cotações do Lloyds em bolsa

As acções do banco britânico tinham de se manter acima de um determinado preço para que o seu presidente pudesse receber um prémio em acções. Assim aconteceu. O gestor português poderá, agora, auferir um bónus avaliado, actualmente, em 2,68 milhões de euros. Contudo, Horta Osório terá de esperar por 2018 para poder ter algum encaixe.

Miguel Baltazar/Negócios
20 de Novembro de 2013 às 20:28
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O desempenho em bolsa do Lloyds abriu caminho para que António Horta Osório, o português que comanda o banco britânico, possa vir a receber um bónus relativo a 2012, avaliado actualmente em 2,25 milhões de libras (2,68 milhões de euros).

 

Para que o gestor pudesse receber o prémio, as acções do Lloyds teriam de se manter acima de 73,6 pence por 30 sessões bolsistas consecutivas, segundo indica a imprensa britânica. Esse período ficou concluído esta quarta-feira, 20 de Novembro, com os títulos a encerrarem nos 75,02 pence, embora resvalando 0,08%.

 

O bónus em acções, relativo a 2012, será entregue ao melhor banqueiro do mundo para a Euromoney e ao 38º mais poderoso da economia nacional. Um total de 3 milhões de títulos que estão, neste momento, avaliados em 2,25 milhões de libras (2,68 milhões de euros). No entanto, Horta Osório não poderá ainda usufruir deste prémio. Só em 2018 é que poderá registar qualquer encaixe com as acções.

 
73,6 pence
Era esta a "barreira" que as acções do Lloyds tinham de superar, durante 30 sessões consecutivas, para libertar o bónus de António Horta Osório.
 
O ciclo terminou esta quarta-feira, 20 de Novembro. Os títulos valem 75,02 pence, avaliando o banco em 53,7 mil milhões de libras (63,4 mil milhões de euros).


“O bónus de Horta Osório, que não irá receber até 2018, reflecte a reviravolta considerável feita pelo Lloyds sob a sua liderança – algo que permitiu aos contribuintes começar a recuperar o seu dinheiro com lucro”, afirmou o banco em comunicado, citado pela Bloomberg.

 

Desde 2011, quando o português assumiu o comando da instituição, o banco encontra-se a sofrer uma forte reestruturação, tendo já eliminado mais de 7.000 postos de trabalho no último ano (uma decisão contestada pelos sindicatos), para equilibrar as contas e começar a reembolsar o Estado pela injecção de 20 mil milhões de libras em 2008.

 

Numa entrevista ao “Financial Times”, em Outubro, Horta Osório afirmou que o seu percurso no banco está ainda a começar. “Não posso tirar o pé do acelerador. Isto é o fim do início”, disse o gestor, ao sublinhar que se está a concentrar na reprivatização.

 

O Governo britânico conseguiu 3,2 mil milhões de libras ao reduzir a sua participação na instituição britânica para 33% (era de 39% depois do resgate), depois da venda de uma posição. Mas esta posição tem de cair mais. “Ainda há muito a fazer”, frisou o gestor nessa entrevista à publicação financeira.

 

Neste momento, o gestor conseguiu que o Lloyds voltasse aos lucros e começasse a negociar acima do valor das acções na altura da intervenção estatal. Em bolsa, o banco sobe 57% desde o início do ano. Além disso, antecipa-se que o banco possa voltar a distribuir dividendos. 

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