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Reino Unido encaixa 3,2 mil milhões de libras com venda de 6% do LLoyds

Tesouro britânico concretizou venda da primeira parcela no banco liderado por Horta Osório, numa operação que representará um lucro de 60 milhões de libras para os contribuintes do Reino Unido.

24 António Horta-Osório, Lloyds Banking Group plc
17 de Setembro de 2013 às 08:06
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O Governo britânico anunciou esta terça-feira que concretizou já a venda de 4,28 mil milhões de acções do LLoyds, representativas de 6% do capital do banco, junto de gestores de activos, no primeiro processo de venda desde que gastou 20 mil milhões de libras (23,8 mil milhões de euros) no resgate do banco.  

 

Com esta venda, o Tesouro britânico reduz a posição no LLoys de 38,7% para 32,7%, num negócio lucrativo para os contribuintes e que traduz um encaixe de 3,2 mil milhões de libras (3,8 mil milhões de euros). As acções do banco liderado por Horta-Osório foram vendidas a 75 pence cada uma, ligeiramente abaixo do valor de fecho de ontem em bolsa (77,4 pence). De acordo com um comunicado do Tesouro britânico, a mais-valia da operação é de 60 mihões de libras (71,5 milhões de euros), já que o preço pago pelas acções na altura do resgate foi de 73,6 pence.

 

A operação foi feita precisamente cinco anos depois da falência do Lehman Brothers, evento que despoletou a crise financeira que deu origem ao resgate de vários bancos mundiais por parte dos Governos.

 

"Há cinco anos, o anterior Governo usou dinheiro dos contribuintes para resgatar os bancos. Estou absolutamente determinado em devolver esse dinheiro aos contribuintes para reduzir a dívida pública", refere o ministro das Finanças, George osborne.

 

De acordo com a Bloomberg, esta operação de venda de acções no mercado secundário foi a maior desde Agosto de 2004, quando foi vendida em Bolsa uma posição na italiana Enel. Esta foi também a maior operação e venda de activos relacionados com os resgates que efectuou durante a crise financeira. No Royal Bank of Scotland gastou 45,5 mil milhões de libras (54,3 mil milhões de euros), detendo uma posição de 81%.

 

Este ano as acções do Lloyds já subiram 61%, com os investidores agradados com o regresso aos lucros do banco (1,56 mil milhões de libras no primeiro semestre). Esta terça-feira negoceiam em queda de 1,8% para 75,95 pence.  

 

“Congratulo-me com o facto de o Governo ter sido capaz de iniciar o processo de venda da sua posição, dando aos contribuintes a oportunidade de recuperarem o seu dinheiro”, refere Horta Osório num comunicado, acrescentando que “tal reflecte o trabalho desenvolvido nos últimos dois anos que tornou o LLoyds um banco seguro e rentável, que está focado do apoio à economia britânica”.           

 

(notícia actualizada às 9h15 com mais informação)

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