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Lucros do Lloyds crescem 83% no terceiro trimestre
O banco liderado por António Horta Osório obteve lucros, antes de impostos e antes de itens extraordinários, de 1,52 mil milhões de libras no terceiro trimestre, um crescimento de 83%. O banco pode ainda retomar o pagamento de dividendos no próximo ano.
O Lloyds superou as estimativas dos analistas e apresentou um crescimento de 83% dos lucros no terceiro trimestre de 2013.
O banco liderado pelo português António Horta Osório (na foto) registou lucros, antes de impostos e de eventos extraordinários, de 1,52 mil milhões de libras (cerca de 1,78 mil milhões de euros), o que contrasta com os 831 milhões de libras (cerca de 972 milhões de euros) registados no mesmo período do ano passado, de acordo com a Bloomberg.
Os analistas, consultados pela agência de informação, estimavam que os lucros atingissem 1,46 mil milhões de libras (cerca de 1,71 mil milhões de euros).
A contribuir para estes resultados trimestrais esteve a redução das imparidades para o crédito malparado, que caíram 47% para os 670 milhões de libras (785 milhões de euros aproximadamente).
“Alcançámos progressos significativos na nossa estratégia”, afirmou Horta Osório, CEO do Lloyds, em comunicado citado pela agência norte-americana de informação. “Atingimos progressos substanciais tanto nos lucros do grupo como em termos de retornos apesar dos custos que nos foram legados”, acrescentou.
O facto de os lucros estarem a crescer este ano e a possibilidade de a instituição voltar a pagar dividendos no próximo ano, escreve a Bloomberg, pode desencorajar o Governo britânico a vender uma parcela dos 33% que ainda detém do banco, depois de ter ajudado a evitar a falência da instituição financeira.
O Lloyds foi resgatado pelo governo britânico e agora está em fase de reprivatização. Em Setembro, o governo britânico vendeu 6% da instituição e conseguiu um encaixe de 3,2 mil milhões de libras. E obteve assim um lucro de 60 milhões de libras para os contribuintes do Reino Unido.
Já em Outubro, o CEO do banco, em entrevista ao Financial Times, defendia que "ainda há muito a fazer".