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Galp sobe mais de 10% após negócio entre a Shell e o BG Group (act.)

As acções da Galp Energia chegaram a disparar mais de 10% depois de ser anunciada a aquisição do BG Group pela Shell. Os títulos estão, nesta altura, a aliviar parte dos ganhos, seguindo com uma valorização de 4,3%.

1039 – Galp Energia – A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva surge na posição 1.039 da lista, sendo a segunda maior cotada portuguesa. Perdeu 195 posições face ao “ranking” de 2014.
Bloomberg
08 de Abril de 2015 às 09:59
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As acções da Galp Energia dispararam um máximo de 10,4% para 12,05 euros esta manhã, depois de ter sido anunciada a aquisição do BG Group pela Shell, um negócio que animou todo o sector das petrolíferas. Fosse este o valor de fecho da sessão de hoje e seria o mais elevado desde o dia 5 de Novembro de 2008, em que os títulos encerraram com uma valorização de 12,88%.

 

Contudo, os títulos seguem nesta altura a aliviar parte da subida, seguindo com uma valorização de 4,31% para 11,385 euros. A Galp Energia é a sexta empresa que mais sobe do índice europeu das petrolíferas.

 

Em apenas quatro horas de negociação, já trocaram de mãos mais de 3,4 milhões de acções da petrolífera, quando a média diária dos últimos seis meses não vai além de 1,74 milhões.

 

A impulsionar a Galp Energia está hoje o anúncio da aquisição do BG Group pela Shell por 47 mil milhões de libras (cerca de 64,2 mil milhões de euros) em dinheiro e acções, o maior negócio do sector da última década.

 

Shell vai pagar 383 pence em dinheiro mais uma percentagem das acções por cada título do BG Group, o que equivale a cerca de 1.367 pence por acção. Este montante atribui ao BG Group um valor de mercado de cerca de 47 mil milhões de libras, representando um prémio de cerca de 50% tendo em conta o valor de fecho das acções na sessão de ontem (910,40 pence).

 

"O prémio oferecido está muito acima do preço de fecho de ontem da BG Group, o que explica a subida tão significativa do sector energético", explica Steven Santos, gestor da XTB, em declarações ao Negócios.

 

Albino Oliveira, analista da Fincor, acrescenta que a notícia é "positiva para o sentimento dos investidores relativamente ao sector das petrolíferas, principalmente porque aparece num momento que tem sido de incerteza, tendo em conta a queda do preço do petróleo e a resposta do sector com o anúncio de cortes nos investimentos a realizar na área da exploração".

 

No caso da petrolífera portuguesa, sublinha Steven Santos, da XTB, "dado que a BG Group tem sido um dos seus parceiros de consórcio no Brasil, a Galp Energia poderá melhorar o acesso a projectos futuros em que a Shell intervenha".

 

O gestor da XTB acredita que poderá haver mais fusões dentro do sector da energia "uma vez que a queda acentuada do preço do petróleo nos últimos seis meses prejudicou muito a rentabilidade de diversos operadores presentes na produção de petróleo". "O aumento da escala dos operadores tornou-se mais importante para assegurar a sustentabilidade financeira dos projectos de exploração e produção", acrescenta o responsável.

 

Sobre a possibilidade de mais fusões/aquisições no sector da energia, Albino Oliveira é mais cauteloso, sublinhando, contudo que "a subida dos mercados de acções e a manutenção de um enquadramento de baixas taxas de juro parece criar um contexto favorável para a realização de mais operações, não só neste sector como no mercado como um todo".

 
A evolução das acções da Galp Energia tem lugar depois de, ontem, a empresa já ter subido 8,12% em bolsa. Pedro Lino, administrador da Dif Broker, considera, contudo, que "a cotação deverá corrigir nos próximos dias" porque parte das expectativas de que existam fusões que possam envolver a Galp "são neste momento infundadas".

 

Esta terça-feira, o CaixaBI melhorou a recomendação para as acções da Galp Energia de "acumular" para "comprar" e reduziu o preço-alvo de 15,30 euros para 12,20 euros.


"Continuamos a ver a Galp Energia como uma das mais interessantes oportunidades de crescimento na indústria, apoiada por um portefólio de classe mundial no Brasil", escreveram os analistas na nota de análise. 

 

(Notícia actualizada às 12h15 com cotações e novas declarações)

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