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Galp Energia cai quase 8% e regista a maior desvalorização em bolsa desde 2011

As acções da Galp Energia fecharam a sessão com uma queda de 7,86%, o que corresponde à maior descida desde Novembro de 2011. A contribuir para este comportamento estão as novas previsões da petrolífera que anunciou um corte no investimento.

Miguel Baltazar/Notícias
10 de Março de 2015 às 17:00
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A Galp Energia afundou 7,86% para 9,44 euros, esta terça-feira, 10 de Março, dia em que a empresa apresentou as novas previsões para os próximos anos. A cotada liderada por Manuel Ferreira de Oliveira reviu em baixa as estimativas de investimento, à semelhança do que as congéneres têm feito nos últimos tempos, sobretudo devido à queda dos preços do petróleo.


A queda abrupta das acções, a mais acentuada desde Novembro de 2011, foi acompanhada de uma liquidez elevada, tendo trocado de mãos mais de 4,9 milhões de acções quando a média diária é de 1,58 milhões, de acordo com os dados dos últimos seis meses.

 

As novas previsões da Galp apontam para que o investimento médio anual se situe entre 1,2 mil milhões de euros e 1,4 mil milhões de euros, cerca de 20% abaixo dos 1,3 mil milhões de euros a 1,5 mil milhões de euros previstos para 2015, anunciou hoje a Galp.

 

A contribuir para esta revisão estiveram várias questões. Por um lado a queda dos preços do petróleo e por outro o caso de corrupção no Brasil que tem afectado a Petrobras. Os efeitos do escândalo de corrupção no qual a Petrobras estará alegadamente envolvida são visíveis devido "sobretudo à falência de empresas prestadoras de serviço à Petrobras", o que acaba por se traduzir na "complicação na prestação de serviço", explicou Ferreira de Oliveira.

 

A queda dos preços do petróleo, que a Galp prevê que se situem nos 55 dólares este ano e que aumentem 5,0 dólares por ano até 2019, ano em que deverá situar-se nos 80 dólares por barril, deverá ditar uma descida dos resultados operacionais da Galp Energia este ano. Já o EBITDA deverá aumentar mais de 20% por ano, o que ainda assim fica aquém da meta anterior.

 

Petróleo arrasta petrolíferas em toda a Europa

 

A Galp Energia liderou as perdas entre as congéneres europeias, mas não foi a única a cair. O sector continua a ser penalizado pela desvalorização do petróleo que esta terça-feira volta a cair mais de 3%.

 

O índice europeu Stoxx para o sector petrolífero cai mais de 3%, com todos os títulos que o compõem em queda. Este índice é composto por 28 membros. O Brent está a cair 3,30% para 56,60 dólares, numa altura em que a subida do dólar e a expectativa de aumento das reservas de matéria-prima dos EUA estão a penalizar a negociação.

 

As acções da Galp acabam assim por registar um comportamento já verificado por várias congéneres, que já tinham apresentado novas estimativas. Ainda assim, apesar da queda de hoje, os títulos da petrolífera nacional acumulam um ganho de 12,75% desde o início do ano, superando cotadas como a italiana ENI, que segue com um ganho de 11,5%, e a espanhola Repsol, que acumula uma subida de 7,6%.

 

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