Notícia
Galp afunda 6% na pior semana em oito meses. EDP Renováveis brilha
A petrolífera portuguesa teve uma semana turbulenta, com um investimento avolumado, notas de "research" desfavoráveis e com o caso Luanda Leaks a pesar-lhe nos ombros. No sentido oposto, a EDP Renováveis aproveitou para brilhar.
O índice PSI-20 terminou a semana com uma perda de 0,41%, com a petrolífera portuguesa Galp em destaque, uma vez que terminou a sessão desta sexta-feira a liderar as perdas semanais entre as cotadas da bolsa nacional, ao desvalorizar 6,03%.
A semana começou com o caso Luanda Leaks a fazer eco nas empresas ligadas, de forma indireta ou indireta, à empresária angolana Isabel dos Santos, depois da investigação levada a cabo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ na sigla inglesa), do qual faz parte o Expresso, revelou mais de 700 mil documentos que comprometem a atividade da filha do antigo presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
Logo na segunda-feira, a investigação mostrou que a 'joint venture' da estatal brasileira Petrobras com a portuguesa Galp, para produção de biocombustível a partir de óleo de palma, acumulou prejuízos de 720 milhões de reais (156 milhões de euros).
Na terça-feira, o Morgan Stanley cortou o preço-alvo da petrolífera para 14,60 euros por ação, de 15,20 euros estipulados anteriormente, o que lhe conferiu um potencial de queda de 3,25% face ao valor de fecho na sessão de ontem.
Já depois do fecho de sessão de quarta-feira, dia 22 de janeiro, a empresa anunciou chegou a acordo com o grupo ACS para a aquisição de projetos de produção de energia fotovoltaica em Espanha no valor de 450 milhões de euros. No entanto, o investimento da petrolífera poderá chegar aos 2,2 mil milhões de euros até 2023.
Os analistas do Caixabank BPI gostam da aposta nas energias renováveis, mas questionaram o preço pago: "Compreendemos o racional e o foco de apostar em projetos com reduzidas emissões de carbono, mas preferíamos que a Galp investisse em projetos de energia verde que não obrigassem a um pagamento excessivo, dada a forte procura atual por este tipo de ativos".
No mesmo dia, a Galp garantiu que entre finais deste ano e início de 2021 vai fazer a primeira perfuração de petróleo no bloco 6 da Zona Económica Exclusiva (ZEE) de São Tomé e Príncipe.
Esta sexta-feira, Kepler Cheuvreux, AlphaValue e Caixa Banco de Investimento emitiram notas de research sobre a Galp, que vão em sentidos opostos. As duas primeiras estão mais pessimistas enquanto a terceira reforça a perspetiva positiva para a evolução da cotada.
Grupo EDP brilha com Renováveis à cabeça
Em sentido oposto, a EDP Renováveis subiu 5,36% na semana como um todo, o que representa o maior ganho semanal desde junho de 2018. Logo atrás na tabela surge a EDP, que subiu 4,52%.
Esta semana, a empresa liderada por João Manso Neto divulgou um aumento de 6% da produção no conjunto de 2019, apesar de ter angariado 800 milhões no mesmo ano com a venda de ativos eólicos. A beneficiar os números está o reforço da capacidade que foi sendo instalada em paralelo.
Ontem, depois do fecho de sessão, a EDP comunicou ao mercado que a sua subsidiária EDP Renováveis, liderada por João Manso Neto, assinou um acordo para a criação de uma "joint-venture" com os franceses da Engie, com vista ao desenvolvimento de projetos eólicos "offshore", fixo e flutuante.
Num comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a energética portuguesa referiu que "a EDP e a Engie estão a combinar os seus ativos eólicos 'offshore' e os projetos em desenvolvimento na nova entidade, começando com um total de 1,5 GW em construção e 3,7 GW em desenvolvimento, e trabalhando juntos para criar um líder global no setor".
Esta "joint-venture" controlada em partes iguais por cada empresa já tinha sido anunciada a 21 de maio do ano passado, relativo ao memorando de entendimento estratégico para formar uma nova empresa para o investimento de ambas as empresas em oportunidades eólicas "offshore" em todo o mundo. A novidade hoje anunciada diz respeito à data em que vai estar operacional: primeiro trimestre deste ano.
A semana começou com o caso Luanda Leaks a fazer eco nas empresas ligadas, de forma indireta ou indireta, à empresária angolana Isabel dos Santos, depois da investigação levada a cabo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ na sigla inglesa), do qual faz parte o Expresso, revelou mais de 700 mil documentos que comprometem a atividade da filha do antigo presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
Na terça-feira, o Morgan Stanley cortou o preço-alvo da petrolífera para 14,60 euros por ação, de 15,20 euros estipulados anteriormente, o que lhe conferiu um potencial de queda de 3,25% face ao valor de fecho na sessão de ontem.
Já depois do fecho de sessão de quarta-feira, dia 22 de janeiro, a empresa anunciou chegou a acordo com o grupo ACS para a aquisição de projetos de produção de energia fotovoltaica em Espanha no valor de 450 milhões de euros. No entanto, o investimento da petrolífera poderá chegar aos 2,2 mil milhões de euros até 2023.
Os analistas do Caixabank BPI gostam da aposta nas energias renováveis, mas questionaram o preço pago: "Compreendemos o racional e o foco de apostar em projetos com reduzidas emissões de carbono, mas preferíamos que a Galp investisse em projetos de energia verde que não obrigassem a um pagamento excessivo, dada a forte procura atual por este tipo de ativos".
No mesmo dia, a Galp garantiu que entre finais deste ano e início de 2021 vai fazer a primeira perfuração de petróleo no bloco 6 da Zona Económica Exclusiva (ZEE) de São Tomé e Príncipe.
Esta sexta-feira, Kepler Cheuvreux, AlphaValue e Caixa Banco de Investimento emitiram notas de research sobre a Galp, que vão em sentidos opostos. As duas primeiras estão mais pessimistas enquanto a terceira reforça a perspetiva positiva para a evolução da cotada.
Grupo EDP brilha com Renováveis à cabeça
Em sentido oposto, a EDP Renováveis subiu 5,36% na semana como um todo, o que representa o maior ganho semanal desde junho de 2018. Logo atrás na tabela surge a EDP, que subiu 4,52%.
Esta semana, a empresa liderada por João Manso Neto divulgou um aumento de 6% da produção no conjunto de 2019, apesar de ter angariado 800 milhões no mesmo ano com a venda de ativos eólicos. A beneficiar os números está o reforço da capacidade que foi sendo instalada em paralelo.
Ontem, depois do fecho de sessão, a EDP comunicou ao mercado que a sua subsidiária EDP Renováveis, liderada por João Manso Neto, assinou um acordo para a criação de uma "joint-venture" com os franceses da Engie, com vista ao desenvolvimento de projetos eólicos "offshore", fixo e flutuante.
Num comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a energética portuguesa referiu que "a EDP e a Engie estão a combinar os seus ativos eólicos 'offshore' e os projetos em desenvolvimento na nova entidade, começando com um total de 1,5 GW em construção e 3,7 GW em desenvolvimento, e trabalhando juntos para criar um líder global no setor".
Esta "joint-venture" controlada em partes iguais por cada empresa já tinha sido anunciada a 21 de maio do ano passado, relativo ao memorando de entendimento estratégico para formar uma nova empresa para o investimento de ambas as empresas em oportunidades eólicas "offshore" em todo o mundo. A novidade hoje anunciada diz respeito à data em que vai estar operacional: primeiro trimestre deste ano.