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Três casas de investimento ditam "sobe-e-desce" nas recomendações e 'target' da Galp

A Galp foi alvo de várias notas de investimento, mas os analistas não estão alinhados: há alterações no preço-alvo, na recomendação e em ambos em simultâneo, mas em direções opostas.

Galp Energia
João Santos
24 de Janeiro de 2020 às 11:06
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Kepler Cheuvreux, AlphaValue e Caixa Banco de Investimento emitiram notas de research sobre a Galp, que vão em sentidos opostos. As duas primeiras estão mais pessimistas enquanto a terceira reforça a perspetiva positiva para a evolução da cotada.

A Kepler Cheuvreux foi a última a emitir uma nota sobre a Galp, esta sexta-feira, 24 de janeiro. Esta casa de investimento cortou a recomendação de "comprar" para "manter", tendo deixado o preço-alvo inalterado nos 15,50 euros.

De momento, a média do target avançado pelos analistas, de acordo com os dados da Bloomberg, situa-se nos 16,70 euros. A petrolífera conta agora com nove recomendações de comprar, 10 de manter e 5 de vender.

A contribuir para estes números estão também outras duas recomendações recentes, emitidas no dia 23 de janeiro. A AlphaValue decidiu manter a recomendação de venda e baixar o preço-alvo, de 14,40 euros para 14,30 euros.

Já a Caixa BI subiu em ambos os pólos: reviu a recomendação em alta de "neutral" para "acumular" e o preço alvo de 15,10 euros para 16,20 euros.

A cotada segue a somar em bolsa, com um ganho de 0,64% para os 14,19 euros, recuperando de três sessões no vermelho que conduziram as cotações para um mínimo de outubro de 2019. Desde o início de 2020, a Galp desvalorizou 4,77%.

Estas alterações acontecem depois de, no dia 22 de janeiro, a Galp ter revelado um investimento de 450 milhões de euros em produção solar em Espanha e os planos de iniciar a perfuração de um bloco em São Tomé e Príncipe ainda este ano ou no início de 2021.

Já no dia 23, as notícias foram menos animadoras. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM ) revelou que já iniciou várias ações de supervisão junto das auditoras das entidades envolvidas no caso "Luanda Leaks", mas também dos emitentes sob a sua supervisão, como é o caso da Nos e da Galp Energia. De todos os negócios conhecidos de Isabel dos Santos em Portugal, a protagonista do Luanda Leaks, a participação indireta que detém na Galp é a mais valiosa, bem como a mais antiga.

No caso da Nos, Isabel dos Santos é acionista através da Zopt, veículo que detém em partes iguais com a Sonae. A operadora de telecomunicações está a deslizar em bolsa, tendo já desvalorizado cerca de 5,5%. A quebra surge na primeira sessão após a demissão de três administradores ligados ao caso Luanda Leaks e no mesmo dia em que o Barclays reviu em baixa o preço-alvo.

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