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Empresa de Belmiro de Azevedo pode ficar com mais de 90% da Sonae Indústria após aumento de capital

Caso o aumento de capital não seja totalmente subscrito, a Efanor poderá vir a ficar com mais de 90% do capital. Mas compromete-se a não retirar a empresa de bolsa.

04 de Novembro de 2014 às 18:56
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A Efanor, de Belmiro de Azevedo, tem neste momento 51% do capital da Sonae Indústria. É quem controla o que acontece nesta empresa, cujo restante capital está disperso em bolsa por diversos accionistas. A Efanor vai continuar a mandar na companhia de aglomerados de madeira após o aumento de capital que vai realizar nas próximas semanas. Mas não se sabe por quantos direitos de voto vai responder. No limite, pode ficar com mais de 90% do capital.

 

Antes do aumento de capital, a Efanor comprometeu-se a manter a posição relativa de 51%. Ou seja, vai ter de investir 75 milhões de euros dos até 150 milhões de euros que a Sonae Indústria pretende arrecadar. Há cerca de 75 milhões de euros que não se sabe se serão exercidos.

 

"Na eventualidade de o aumento de capital não ser integralmente subscrito no âmbito da oferta e da colocação institucional, a Efanor poderá vir a controlar mais de 90% do capital social e dos direitos de voto da Sonae Indústria o que lhe confere, entre outros, o poder de fazer aprovar alterações aos estatutos do emitente e de fazer aprovar em assembleia-geral (…) um pedido de perda de qualidade de sociedade aberta sem dependência dos votos favoráveis dos demais accionistas", indica a companhia liderada por Rui Correia no prospecto do aumento de capital, publicado esta terça-feira, 4 de Novembro.

 

Contudo, a Efanor compromete-se "durante o prazo de dois anos a contar da data da admissão à negociação das novas acções", que se prevê para 4 de Dezembro, a não pedir a convocatória da assembleia-geral que permitiria pedir a perda de qualidade de sociedade aberta (retirar a empresa de bolsa), "nem a exercer os direitos de voto inerentes às respectivas participações e por qualquer forma viabilizar a aprovação de qualquer proposta apresentada nesse sentido".

 

Este aumento de capital terá um efeito de diluição para os accionistas que optarem por não participar na operação. Por exemplo, a Efanor, se não acompanhasse a operação, ficaria com menos de 1% do capital da Sonae Indústria, apesar de, antes do aumento de capital, ter 51%. Vão ser emitidas 15 mil milhões de novas acções quando, neste momento, há apenas 140 milhões de acções representativas da empresa. Ao todo, ficarão 15,14 mil milhões de títulos a representar o capital da companhia de aglomerados de madeira.

 

No prospecto, a Sonae Indústria dá o exemplo de um accionista que, tendo 1% do capital social da empresa antes da oferta, ficará apenas com uma participação de 0,00925% após a operação, que terá início na próxima terça-feira, 11 de Novembro

 

 

 

 

 

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