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Belmiro de Azevedo injecta 77 milhões de euros na Sonae Indústria

A empresa antecipou a subscrição do aumento de capital da Sonae Indústria, injectando mais dois milhões do que o mínimo a que se tinha proposto. Garante assim uma posição mínima de 51,3% na empresa liderada por Rui Correia.

Miguel Baltazar/Negócios
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Belmiro de Azevedo injectou 77 milhões de euros no aumento de capital da Sonae Indústria. Mais dois milhões do que o valor mínimo com que se havia comprometido. A injecção de capital permite, assim, a que o actual maior accionista da produtora de painéis de madeira continue a sê-lo.

 

A Sonae Indústria informa que – em relação à deliberação de um aumento de capital pelo seu conselho de administração – recebeu esta quinta-feira, 13 de Novembro, fundos provenientes do seu accionista Efanor Investimentos e da sociedade por si controlada (Efanor), num montante total de 77.034.262,49 euros, "a título de realização antecipada da subscrição das respectivas participações no aumento de capital actualmente em curso".

 

"Encontra-se, desta forma, cumprido o compromisso anteriormente assumido pela Efanor de realização, directa e indirectamente, de um montante mínimo de 75 milhões de euros no referido aumento de capital", sublinha o comunicado enviado à CMVM.

 

A realização antecipada pela Efanor "evidencia novamente o apoio desse accionista à presente operação de aumento de capital e permite cumprir a condição essencial para a execução dos acordos de refinanciamento assinados anteriormente com os principais bancos credores, tal como anunciado em 28 de Outubro de 2014".

 

Possibilita também à Sonae Indústria "o refinanciamento de um montante entre 300 e 325 milhões de euros de dívida, em condições significativamente mais favoráveis, não só em termos de perfil de maturidade (prorrogando a respectiva maturidade final para prazos entre 6 e 8 anos, incluindo um período de carência mínimo de reembolsos de capital de 3 anos), mas também em termos de custo de dívida", conclui o documento. Estes acordos com os seus bancos estavam condicionados à subscrição de metade das 15 mil milhões de novas acções emitidas no aumento de capital. O que já aconteceu com a decisão da Efanor.

 

Efanor pode ficar com mais de 90% da Indústria

 

Caso o aumento de capital não seja totalmente subscrito, a Efanor poderá vir a ficar com mais de 90% do capital. Mas compromete-se a não retirar a empresa de bolsa.

 

Como tinha uma posição de 51% (que elevou agora para 51,3%), a Efanor, de Belmiro de Azevedo (na foto), é quem controla o que acontece nesta empresa, cujo restante capital está disperso em bolsa por diversos accionistas.

 

A Efanor vai continuar a mandar na companhia de aglomerados de madeira após o aumento de capital que vai realizar nas próximas semanas. Mas não se sabe por quantos direitos de voto vai responder. No limite, pode ficar com mais de 90% do capital, se mais ninguém injectar os 73 milhões de euros em falta para cumprir o objectivo máximo do aumento de capital.

 

Antes da operação, a Efanor comprometeu-se a manter a posição relativa de 51%. Ou seja, vai ter de investir 75 milhões de euros da quantia máxima de 150 milhões de euros que a Sonae Indústria pretende arrecadar. 

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