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Controlo da inflação anima Nasdaq e S&P 500. Boeing pressiona Dow Jones
As bolsas norte-americanas encerraram com uma tendência mista, com os dados da inflação a sustentarem o Nasdaq e o S&P 500, e com os dissabores da Boeing a penalizarem o Dow.
O Dow Jones fechou a ceder 0,38% para 25.554,66 pontos, ao passo que o Standard & Poor’s 500 avançou 0,30% para 2.791,52 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite registou uma subida de 0,44%, para 7.591,03 pontos.
O Nasdaq e o S&P 500 foram animados pelos dados da inflação de fevereiro nos EUA, que se revelou controlada face às expectativas.
Os preços no consumidor aumentaram 0,2%, em linha com as estimativas. Esta foi a primeira subida da inflação em quatro meses, o que corrobora a perspetiva da Reserva Federal (Fed) dos EUA de manter uma postura "paciente" em relação à política monetária, admitindo mesmo a possibilidade de descer os juros no país, salienta a Reuters.
No entanto, o índice industrial Dow Jones sucumbiu ao mau desempenho do seu peso-pesado, a construtora aeronáutica Boeing, que hoje viu a União Europeia e muitos outros países juntarem-se aos que já ontem tinham anunciado a interdição de voos em aviões Boeing 737 Max 8 e Max 9 depois do acidente fatal de domingo com um Max 8 da Ethiopian Airlines.
A Boeing encerrou a cair 6,15% para 375,41 dólares, depois de ter chegado a recuar 8% durante o dia. Ontem chegou a perder 13,49% e fechou a ceder 5,33%. A perda de quase 12% em duas sessões traduz-se numa diminuição do seu valor de mercado na ordem dos 29 mil milhões de dólares.
A condicionar a negociação esteve também o Brexit, no dia em que o Parlamento britânico chumbou o acordo revisto de saída do Reino Unido da União Europei – depois de já ter rejeitado o acordo apresentado em janeiro.
Em destaque pela positiva esteve a Apple, o que também ajudou a animar o Nasdaq, depois de a fabricante de iPhones ter convidado os media para um evento a 25 de março em que se espera que apresente um serviço de televisão e vídeo.