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Bolsas mundiais em máximos de cinco anos após surpresa da Fed
As bolsas mundiais estão em máximos de cinco anos, depois da Reserva Federal norte-americana ter surpreendido ao anunciar que não iria cortar nos estímulos à economia dos Estados Unidos. Também as bolsas europeias estão a negociar em máximos do mesmo período.
A decisão da Fed de manter os estímulos, ou seja, a compra mensal de obrigações no valor de 85 mil milhões de dólares, que apanhou de surpresa os economistas, está na base da subida das bolsas por todo o mundo.
O MSCI All Country World está a subir 1,2% e prepara-se para atingir máximos desde Maio de 2008, depois das bolsas asiáticas terem fechado a subir 2,4%, para máximos de quatro meses. Na europa o STOXX 600 avança 1,22% para 317,10 pontos e está também a negociar em máximos de cinco meses. Desde o início do ano o índice subiu 13%, e só este mês avançou já 6,5%. Ontem, quarta-feira, as bolsas dos EUA negociaram em máximos históricos.
O Brent, negociado em Londres, e que serve de referência às importações europeias, sobe 0,04% para os 110,64 dólares por barril, enquanto o WTI, de Nova Iorque, desvaloriza 0,44% para os 108,55 dólares por barril.
Também o euro está a subir 0,19% face ao dólar, estando uma unidade da moeda única a valer 1,3547 dólares. O ouro sobe 0,23% para 1.366,90 dólares por onça.
Contrariando as expectativas do mercado e dos economistas, a Fed decidiu manter em 85 mil milhões de dólares o ritmo mensal de compra de activos, o que está a causar nesta quinta-feira uma subida generalizada das bolsas por todo o mundo, com muitas destas a atingirem máximos.
O Comité de Operações no Mercado Aberto (FOMC, na sigla inglesa) afirmou que quer mais provas de que as melhorias na economia norte-americana são sustentáveis, antes de partir para um ajuste, ou seja, para a redução dos estímulos à economia.
A decisão da Reserva Federal de manter os estímulos à economia está a fazer-se sentir nos juros das obrigações soberanas, com quedas generalizadas um pouco por todo o mundo. Na periferia da Europa, como é comum, o apetite pelo risco impulsiona as acções e pressiona as obrigações.