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Reserva Federal mantém estímulos à economia americana

Contrariando as expectativas do mercado e dos economistas, a Fed decidiu manter em 85 mil milhões de dólares o ritmo mensal de compra de activos. Acções americanas renovam máximo histórico.

Bloomberg
18 de Setembro de 2013 às 19:09
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Os economistas previam uma redução entre 10 e 15 mil milhões na compra mensal de obrigações do Tesouro e títulos hipotecários. Mas o Comité de Operações no Mercado Aberto (FOMC, na sigla inglesa) decidiu, por agora, manter inalterada a intervenção no mercado em 85 mil milhões de dólares.

 

A Reserva Federal justifica a decisão de não mexer no montante da compra de activos com a necessidade de avaliar melhor os sinais de recuperação da economia. “O comité decidiu aguardar novas evidências de que a melhoria é sustentada, antes de ajustar o ritmo de compras”, diz o comunicado divulgado esta quarta-feira, 18 de Setembro.

 

A informação recolhida pela Fed desde a reunião de Julho sugere que “a actividade económica tem vindo a acelerar a um ritmo moderado”, diz o comunicado. Ainda que alguns indicadores do mercado de trabalho apontem para uma melhoria nos últimos meses, a Fed assinala que “a taxa de desemprego continua elevada”. Entre os sinais que recomendam cautela, a autoridade monetária salienta a subida das taxas de juro do crédito à habitação e o facto de “a política orçamental estar a restringir o crescimento económico”.

 

Acções valorizam

As acções americanas reagiram em alta à decisão, com o S%P500 a subir 1,09% para um novo máximo histórico nos 1,723,36 pontos e o Dow Jones a aproximar-se desse marco. O índice Nasdaq atingiu um máximo desde 2000.

 

O ouro, que vinha a ser penalizado pela possibilidade de retirada dos estímulos monetários também reagiu em alta, com uma valorização de 1,7% para 1332 dólares por onça. Já o dólar perdeu terreno.

 

Compromisso com juros baixos

Serão os sinais da economia a determinar quando a Reserva Federal começará a reduzir o ritmo mensal de compra de activos. “O comité irá monitorizar de perto a informação sobre os desenvolvimentos na frente económica e financeira e continuará com a compra de activos (...) até que as perspectivas para o mercado de trabalho tenham melhorado substancialmente, num contexto de estabilidade de preços”, diz o comunicado.

 

O FOMC manteve também a taxa de juro de referência inalterada no intervalo entre 0% e 0,25%, reafirmando o compromisso com uma política monetária acomodatícia. O sinal mais forte desse compromisso vem da indicação de que os juros vão manter-se nos actuais níveis excepcionalmente baixos enquanto a taxa de desemprego se mantiver acima de 6,5% e a inflação abaixo de 2,5%, nos próximos dois anos. A primeira subida dos juros só é esperada em 2015.

 

(Notícia actualizada às 19h45)

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