As bolsas europeias, que negociavam com ganhos ligeiros no início da manhã, ganharam um novo fôlego depois de o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, ter mostrado disponibilidade para aceitar um novo acordo, com as condições estipuladas pelos credores.

Os principais índices europeus seguem, nesta altura, a valorizar mais de 1,5%, com os investidores mais confiantes na possibilidade de um acordo que ponha fim ao impasse em Atenas.

O índice francês CAC40 destaca-se nas subidas com uma valorização de 2,58%. O índice holandês avança 2,11%, o italiano 2,38% e o alemão DAX 2,37%. O principal índice espanhol, o IBEX, sobe 2,04%.

A bolsa nacional, que negociava em queda, inverteu a tendência, acompanhando nesta altura os ganhos na Europa. O PSI-20 valoriza 1,79% para 5.651,38 pontos, impulsionado sobretudo pelo BCP e pelos CTT.

O índice que agrega as 600 maiores empresas da Europa, o Stoxx600, soma 1,67%, negociando em terreno positivo depois de duas sessões consecutivas de perdas. Os sectores que mais contribuem para os ganhos, esta manhã, são o das tecnologias e da banca. 

Segundo o Financial Times, o primeiro-ministro da Grécia escreveu a Juncker, Lagarde e Draghi, afirmando estar disponível para aceitar um novo acordo, com as condições estipuladas pelas instituições credoras credores.

"A República Helénica está preparada para aceitar este acordo ao nível técnico sujeito às seguintes emendas, acrescentos ou clarificações, como parte de uma extensão do programa que expira e do novo acordo de empréstimos que foi submetido hoje, terça-feira, 30 de Junho", afirmou Alexis Tsipras numa carta citada pelo Financial Times. 

Esta tarde, às 16h30 (hora de Lisboa), os ministros das Finanças da Zona Euro voltam a reunir-se por teleconferência, para debater a mais recente proposta do Governo grego. Esta terça-feira, dia em que terminou o programa de assistência financeira à Grécia, o Executivo de Tsipras enviou uma nova proposta para Bruxelas: a extensão do actual programa de resgate, um novo programa de dois anos com o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e sem o FMI, e uma reestruturação da dívida grega. 

A carta de Tsipras, enviada aos responsáveis do BCE, FMI e Comissão Europeia, também deverá ser alvo de análise por parte do Eurogrupo esta quarta-feira.