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Bolsa portuguesa volta a ter três cotadas acima dos dez mil milhões

Após a turbulência vivida pelo mercado português nos últimos anos, com a queda do BES e da Portugal Telecom, o PSI-20 voltou a ter três cotadas com um valor de mercado acima de dez milhões de euros. Desde o início da crise que tal não acontecia em simultâneo.

Miguel Baltazar
12 de Outubro de 2016 às 07:00
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Nos últimos anos é algo pouco habitual na bolsa portuguesa. Mas as valorizações da Galp e da Jerónimo Martins, desde o início do ano, permitiram ao PSI-20 passar a ter três representantes avaliadas pelo mercado em mais de dez mil milhões de euros. As duas cotadas juntaram-se à EDP. Desde a crise de 2008 que não havia três cotadas avaliadas acima daquele valor, segundo um levantamento feito pelo Negócios com base em dados da Bloomberg.

A Jerónimo Martins ultrapassou aquela fasquia no início desta semana, com as acções a valorizarem 33% desde o início do ano. "A divulgação de resultados operacionais sólidos, e que superam o consenso de mercado,  tem beneficiado a performance do título em bolsa.", explica a equipa de "research" do BiG. Destacam ainda a evolução positiva da quota de mercado "nas geografias onde a empresa está presente".

Já a petrolífera ganha 16,74% este ano e tem testado por várias vezes a negociação acima da barreira dos dez mil milhões de euros. As acções têm sido beneficiadas com a subida do preço de petróleo. Por seu lado, a EDP, apesar da queda de 15,27% este ano, consegue preservar um valor de mercado acima daquela fasquia.

E, dado os momentos conturbados que o mercado português tem vivido nos últimos anos,  o maior número de empresas a valer mais de dez mil milhões de euros é visto como positivo para o mercado nacional. Nuno Mello, gestor da corretora XTB,  refere que "o facto de o PSI-20 voltar a ter três empresas com mais de dez mil milhões de euros de capitalização bolsista acaba por trazer maior visibilidade para o mercado nacional e consequentemente maior liquidez".

Além desse factor, a equipa de "research" do BiG observa que "alguns fundos de investimento têm restrições de mandato relacionadas com a capitalização bolsista, pelo que uma maior dimensão das empresas permite que estas façam parte do perímetro de activos elegíveis das gestoras".

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