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Galp "carbura" e passa EDP como maior cotada do PSI-20

Na disputa pelo estatuto de cotada mais valiosa do PSI-20, a Galp aproveitou o impacto da subida dos preços do petróleo para ultrapassar a eléctrica.

Pedro Esteves
11 de Outubro de 2016 às 19:27
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A subida dos preços do petróleo foi o combustível que permitiu à Galp ultrapassar a EDP na disputa pelo título de cotada mais valiosa da bolsa portuguesa nas últimas sessões. A petrolífera está avaliada pelo mercado em 10.378 milhões de euros, mais 88 milhões que o valor de mercado da eléctrica.

 

Desde o início do ano, as acções da Galp ganham 16,74% para 12,515 euros, o que permitiu engrossar a capitalização bolsista em 1.488 milhões de euros nesse período. "A evolução positiva dos títulos da Galp está directamente relacionada com a recuperação do preço do petróleo nos mercados internacionais", explica Nuno Mello, gestor da corretora XTB. Em 2016, o Brent leva já uma valorização de 40% para 52,22 dólares.

 

Já a EDP perde 15,27% para 2,814 euros desde o início do ano, o que corresponde a uma diminuição do valor de mercado de 1.854 milhões de euros. Aos preços de fecho de terça-feira, os investidores avaliam a eléctrica liderada por António Mexia em 10.290 milhões de euros. No início do ano, a EDP valia mais 3.250 milhões que a Galp.

 

E qual a mais valiosa para os analistas?

 

Os valores de mercado colocam a Galp como mais valiosa. E as avaliações dos analistas que acompanham a petrolífera e a EDP apontam para um cenário semelhante. De acordo com os preços-alvo disponibilizados pela Bloomberg, a média dos "targets" (13,54 euros) indicia um valor de mercado de 12.082 milhões de euros para a Galp. Já para a EDP, a média dos preços-alvo (3,29 euros) indica um valor de mercado de 12.030 milhões.

 

Apesar do consenso das avaliações, um factor importante na luta pelo estatuto de mais valiosa do PSI-20 estará na evolução das negociações da OPEP. Segundo a equipa de "research" do BiG "a manutenção deste desempenho pela petrolífera encontra-se em grande parte dependente da continuação dos ganhos do crude, que poderão ser sustentados pela ratificação do acordo da OPEP de um corte na produção". Mas realçam que "caso o acordo se revele infrutífero, uma correcção do sector de petróleo e gás natural é expectável, o que se estenderia naturalmente à Galp".
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