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Bolsa grega sobe mais de 2% pelo segundo dia consecutivo com juros novamente em queda

No dia em que o primeiro-ministro grego pediu a Angela Merkel um acordo provisório que permita a Atenas receber financiamento ainda em Abril, o principal índice bolsista helénico valorizou mais de 2% pelo segundo dia consecutivo. Os juros da dívida grega voltam a recuar em praticamente todas as maturidades.

23 de Abril de 2015 às 17:56
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A bolsa grega registou, esta quinta-feira, 23 de Abril, o segundo dia seguido a negociar em alta, voltando a valorizar mais de 2%, tal como sucedera na sessão desta quarta-feira. Assim, o principal índice grego, o FTASE, ganhou 2,69%, depois de ontem ter valorizado 2,85%, naquela que foi a maior subida num mês.

 

Uma vez mais, o sistema financeiro helénico esteve em destaque, nomeadamente o Alpha Bank que subiu 6,84% para os 25 cêntimos. O Eurobank somou 2,80% para os 11 cêntimos e o National Bank of Greece avançou 1,96% para 1,04 euros.

 

Também os juros da dívida grega voltaram a cair ao longo do dia. No prazo a três anos, a taxa de juro exigida pelos investidores para trocarem dívida entre si nos mercados secundários segue a recuar 275,5 pontos base para os 24,87%. Nas maturidades a cinco e a dez anos também estão a cair, 91,4 pontos para 17,74% e 54,5 pontos para 12,30%, respectivamente.

 

As excepções registam-se nas maturidades mais curtas, a três e a seis meses. As "yields" da dívida grega na maturidade a três meses sobem 13,6 pontos base para 3,81% e a seis meses avançam 6,9 pontos para 3,86%.

 

Apesar de Bruxelas ter adiado um acordo final sobre o plano de reformas que Atenas se comprometeu apresentar de forma a ver desbloqueada a última tranche, de 7,2 mil milhões de euros, prevista no programa de assistência grego, o primeiro-ministro Alexis Tsipras pediu entretanto um acordo provisório.

 

O comissário europeu responsável pela pasta económica, Pierre Moscovici, havia dito que um acordo final só poderá ser alcançado a 11 de Maio, e não no encontro do Eurogrupo que decorre amanhã, 24 de Abril, em Riga, capital da Letónia.

 

No entanto, segundo avançou a agência Bloomberg, Tsipras pediu à chanceler alemã, Angela Merkel, a flexibilidade necessária que permita atingir um acordo provisório entre Atenas e as instituições credoras.

 

O governo grego debate-se com dificuldades impostas pela actual escassez financeira de um país sem autonomia para se financiar de forma autónoma nos mercados, isto quando, entre 1 e 12 de Maio, a Grécia terá de devolver mais de 900 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

E apesar das garantias de que a Grécia já teria assegurado o acesso aos 400 milhões de euros necessários para o presente mês de Abril, segundo a Bloomberg, as autoridades helénicas já não dispõem de capacidade financeira para fazer face a àqueles pagamentos a que se junta ainda o pagamento de salários e pensões já a 30 de deste mês.

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