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Bolsa grega regista a maior subida num mês e juros a três anos deslizam mais de 200 pontos

A sessão desta quarta-feira foi de alívio de pressão sobre a Grécia, numa altura em que está dado como certo que Atenas só deverá conseguir fechar uma lista de reformas que gere consenso em Maio.

22 de Abril de 2015 às 16:01
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O principal índice bolsista da Grécia, o FTASE – que agrega as maiores cotadas gregas – subiu 2,85% para 214,24 pontos, o que corresponde à subida mais pronunciada desde 24 de Março. A contribuir para esta subida esteve a banca, com o National Bank of Greece a ganhar 10,03% para 1,02 euros, o Alpha Bank a subir 7,34% para 23,4 cêntimos e o Eurobank Ergasias a disparar mais de 20% para 10,7 cêntimos.

 

Estas subidas representam um alívio de pressão por parte dos investidores, algo que também foi visível no mercado de dívida. A taxa de juro implícita nas obrigações a três anos está a descer 209,5 pontos base para 27,486%, tendo esta manhã chegado a negociar acima dos 30%, algo que já não acontecia desde Março de 2012, mês marcado pela reestruturação da dívida e pelo segundo resgate financeiro.

 

Esta descida acentuada dos juros está a ser verificada em todos os prazos, ainda que com dimensões menores. A cinco anos a queda é de 112,5 pontos para 19,185% e a 10 anos é de 77,9 pontos para 12,862%.

 

Os juros associados à dívida grega têm registado fortes subidas nos últimos tempos, essencialmente devido à especulação em torno da ausência de acordo entre Bruxelas e Atenas em relação à lista de reformas que a Grécia terá de entregar e implementar para ver desbloqueada a última tranche da ajuda financeira no valor de 7,2 mil milhões de euros.

 

As dificuldades financeiras de Atenas têm feito correr muita tinta na imprensa. Ainda esta quarta-feira, 22 de Abril, o vice-ministro das Finanças grego, Dimitris Mardas, reconheceu que o Estado tem um problema de tesouraria e que lhe faltavam 400 milhões de euros para satisfazer as necessidades no corrente mês de Abril. Entretanto, o mesmo responsável afirmou que Atenas já conseguiu angariar 400 milhões de euros, graças a transferências de fundos de pensões que se ofereceram para emprestar o dinheiro.    

 

Também esta quarta-feira, o presidente do grupo de economistas que pertence ao grupo de trabalho que antecipa o Eurogrupo, Thomas Wieser, admitiu que a Grécia só deverá ser capaz de fechar a lista de reformas em Maio. O responsável disse, em entrevista à estação de televisão ORF, que "as conversações concretas ainda nem começaram", justificando desta forma o atraso na conclusão deste processo.

 

Esta sexta-feira, 24 de Abril, os ministros das Finanças da Zona Euro vão reunir-se, com o tema central a ser a Grécia. 

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