Notícia
Boeing já perde quase 30 mil milhões em bolsa em dois dias
As ações da Boeing já perdem 12% em dois dias, depois do segundo acidente fatal em menos de cinco meses com um Boeing 737 Max.
O segundo acidente fatal com um 737 Max em menos de cinco meses está a "custar" à Boeing uma grande fatia do seu valor de mercado.
Na sequência do acidente de domingo, na Etiópia, as ações afundaram mais de 5% na segunda-feira, e estão hoje a prolongar a desvalorização, depois de uma série de países – e de seguida a própria União Europeia – terem decidido proibir o uso dos modelos 737 Max 8 e 737 Max 9 no seu espaço aéreo.
Os títulos da fabricante norte-americana descem 7,32% para 370,72 dólares, depois de já terem desvalorizado um máximo de 8% para 368 dólares, o valor mais baixo desde 29 de janeiro.
Esta quebra segue-se à sessão "negra" de segunda-feira, em que as ações chegaram a afundar 13,49%, a maior perda em bolsa desde os ataques do 11 de Setembro. Acabaram por fechar o dia com uma quebra menos expressiva de 5,33%.
Assim, em apenas dois dias, os títulos já acumulam uma desvalorização de 12%, que se traduz numa diminuição de 29,3 mil milhões de dólares no valor de mercado.
Na sessão de hoje, já trocaram de mãos mais de 25 milhões de títulos, o que compara com a média diária dos últimos seis meses, de 4,6 milhões. Ontem, o total de títulos transacionados superou os 35 milhões.
Depois de, no domingo, um acidente na Etiópia com um Boeing 737 Max ter vitimado 157 pessoas, cerca de 31 companhias e uma quinzena de países – oito deles da União Europeia (Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Holanda, Bélgica, Irlanda e Áustria) – decidiram suspender temporariamente o uso dos Boeing 737 Max.
Esta tarde, foi a própria União Europeia que anunciou a proibição de voos com aparelhos Boeing 737 Max 8 e 737 Max 9 no seu espaço aéreo.