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Companhias aéreas na Argentina, Coreia do Sul, Singapura, Índia, Brasil suspendem voos com Boeing 737 MAX 8

A queda de um Boeing 737-8 Max da Ethiopian Airlines no domingo, após um acidente semelhante com um avião da Lion Air na Indonésia, levou vários países e companhias a suspenderem os voos com estes aparelhos, nomeadamente a China, a Indonésia, a Coreia do Sul e a Mongólia.

Reuters
12 de Março de 2019 às 09:06
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A companhia aérea argentina Aerolineas Argentinas anunciou hoje a "suspensão temporária da exploração comercial" dos seus cinco Boeing 737 MAX 8, após a queda de um avião deste modelo no domingo, na Etiópia, que provocou 157 mortos.

 

A par da Argentina, várias outras companhias aéreas resolveram manter os seus aviões deste modelo em terra, nomeadamente empresas da Coreia do Sul, Singapura, Índia, Brasil e Dubai.

 

A decisão da companhia argentina "foi tomada após a análise conjunta feita com a ANAC, a autoridade regulamentar do setor aéreo do país", referiu a empresa de aviação comercial num comunicado publicado na noite de segunda-feira.

 

A empresa Aerolineas Argentinas referiu que "antes de tudo a segurança", sublinhando que é a sua prioridade.

 

A companhia aérea argentina, que na sua frota de 82 aparelhos tem cinco modelos Boeing 737 MAX 8, indicou que "está a acompanhar as investigações em curso para determinar as causas" do acidente do avião da Ethiopian Airlines no domingo.

 

A transportadora argentina assegurou que "está em contacto permanente" com a Boeing, a empresa norte-americana construtora do modelo, e "igualmente atenta" às análises da Agência Federal de Aviação norte-americana (FAA, sigla em inglês), organismo que certificou o modelo de aparelho em questão.

 

A companhia argentina lembrou que começou a explorar os seus Boeing 737 MAX 8 em novembro de 2017 e realizou com estes aparelhos "7.550 voos em segurança e eficácia".

 

A queda de um Boeing 737-8 Max da Ethiopian Airlines no domingo, após um acidente semelhante com um avião da Lion Air na Indonésia, levou vários países e companhias a suspenderem os voos com estes aparelhos, nomeadamente a China, a Indonésia, a Coreia do Sul e a Mongólia.

 

A companhia aérea indiana Jet Airways também suspendeu os voos dos seus Boeing 737 MAX 8, assim como a etíope Ethiopian Airlines, a Cayman Airways e a sul-africana Comair.

 

O regulador da aviação civil de Singapura decidiu hoje proibir os aviões Boeing 737 MAX 8 de sobrevoarem o território, assim como a Austrália.

 

A companhia aérea brasileira GOL suspendeu temporariamente o uso dos sete aviões deste modelo, utilizados em voos internacionais de longo curso.

 

No sentido inverso, a FlyDubai, companhia aérea do Médio Oriente, informou que continuará a operar aeronaves Boeing 737 MAX 8 e posteriormente irá analisar a recente declaração dos reguladores dos EUA sobre a aeronave.

 

Os Estados Unidos vão obrigar a empresa Boeing a fazer modificações no 'software' e sistema de controlo dos modelos de aviões 737 MAX 8 e 737 MAX 9.

 

A ordem dada ao fabricante de aviões norte-americano pela Agência Federal de Aviação norte-americana terá de ser cumprida "até abril, o mais tardar", foi anunciado também na segunda-feira.

 

As duas "caixas negras" do Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines foram encontradas na segunda-feira, anunciou a companhia aérea da Etiópia.

 

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