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Boeing sofre maior perda em bolsa desde ataques de 11 de Setembro de 2001

As ações da Boeing seguem a perder 11,2% na bolsa de Nova Iorque, pressionadas pelo acidente com um 737 Max 8 na Etiópia no domingo. Os títulos da fabricante aeronáutica chegaram a cair 13,49%, a maior descida desde 17 de setembro de 2001, o primeiro dia de negociação após os atentados contra o World Trade Center.

Reuters
11 de Março de 2019 às 14:16
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As dúvidas levantadas quanto à segurança do novo modelo da Boeing, após um outro acidente em outubro do ano passado, na Indonésia, colocam em risco as encomendas recebidas pela fabricante para um dos seus aparelhos mais populares.

Na passada sexta-feira, as ações da Boeing cotavam nos 422,54 dólares, sendo a sua capitalização bolsista de 238.735 milhões de dólares.

Os mínimos tocados esta segunda-feira na pré-abertura, nos 365,55 dólares, avaliavam a empresa em apenas 206.536 milhões de dólares. Ou seja, a Boeing perde num só dia 32,2 mil milhões de dólares (28,65 mil milhões de euros).

Após a queda do avião da Ethiopian Airlines no domingo, que provocou 157 mortos, as autoridades chinesas proibiram as companhias aéreas da China de utilizar as aeronaves. Atualmente, as companhias chinesas possuem 96 aparelhos do modelo 737 Max 8, cerca de 20% da frota mundial desta aeronave.

A utilização dos 737 Max 8 está também proibida na Etiópia e na Indonésia e a Coreia do Sul estuda essa possibilidade, tendo determinado uma inspeção especial às duas aeronaves deste modelo operadas pela companhia aérea Eastar.

Entretanto, a Ethiopian Airlines anunciou no Twitter que ambas as caixas negras do avião que se despenhou perto de Adis Abeba foram recuperadas.

Segundo acidente em menos de cinco meses

O acidente deste domingo ocorre menos de cinco meses após a queda de outro 737 Max 8, da Lion Air, na Indonésia, que provocou 189 vítimas mortais.

"O design do Boeing 737 Max tem falhas perigosas", disse à Bloomberg Mohan Ranganathan, ex-piloto e consultor de segurança aérea baseado na cidade indiana de Chennai. "Há semelhanças evidentes entre os acidentes da Lion Air e da Ethiopian Airlines", acrescentou.

A Boeing, por seu turno, indicou esta segunda-feira que a investigação ao acidente de domingo ainda está na fase inicial e que não há necessidade de emitir novas recomendações para as companhias aéreas que possuem aeronaves 737 Max 8 com base na informação de que dispõe.

"A segurança é a nossa prioridade número um e estamos a tomar todas as medidas para perceber por completo todos os aspetos deste acidente, estamos a trabalhar de forma próxima com a equipa de investigação e com as autoridades reguladoras envolvidas", referiu, em comunicado enviado à Reuters, um porta-voz da Boeing.

(notícia atualizada com mais informação às 14:22)

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