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Caixas negras do avião da Ethiopian Airlines apontam para “semelhanças claras” com o acidente da Lion Air

O Ministério dos Transportes da Etiópia afirmou que os dados já analisados das caixas negras do avião da Ethiopian Airlines que caiu e vitimou mortalmente 157 pessoas revelam “semelhanças claras” com o acidente da Lion Air, em outubro.

Reuters
17 de Março de 2019 às 18:29
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Os dados das caixas negras do Boeing 737 Max 8 da Ethiopian Airlines, que se despenhou no dia 10 de março, foram recolhidos com sucesso, revelou o Ministério dos Transportes à Reuters. E a análise que já foi feita aponta para "semelhanças claras" com o acidente com um Boeing 737 Max em outubro.

 

Os dois acidentes ocorreram com aviões 737 Max e ambos se despenharam minutos depois de levantarem voo e depois de os pilotos terem reportado problemas com o sistema de controlo do avião.


"Foi a mesma coisa com a Indonésia [com o avião da Lion Air]. Houve semelhanças claras entre os dois acidentes", salientou o porta-voz do Ministério dos Transportes da Etiópia, Muse Yiheyis, à Reuters.


"Os dados foram recolhidos com sucesso. Quer a equipa americana quer a nossa validaram [os dados]. O Ministério agradeceu ao Governo francês. Vamos saber mais daqui a três ou quatro dias", adiantou o mesmo responsável.

 
Entretanto, as autoridades americanas rejeitaram terem validado os dados, salientando que o processo ainda está numa fase muito preliminar, de acordo com fontes próximas do assunto, citadas pela Reuters. 

O Wall Street Journal noticiou que o relatório preliminar deste último acidente será publicado dentro de 30 dias. O jornal citava o ministro dos Transportes do país.

 

737 Max revelou falhas cruciais de segurança

O Seattle Times noticiou este domingo que os equipamentos 737 Max revelaram falhas cruciais de segurança no seu novo sistema de controlo de voo. As conclusões têm, por base a análise de atuais e antigos engenheiros da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês).

 

A análise foi feita antes do segundo acidente com um destes aparelhos da Boeing, e o Seattle Times deu 11 dias para que a Boeing e a FAA responderem às questões que tinham sido colocadas.

 

Entretanto, quer FAA quer Boeing dizem que os aviões em causa estão certificados segundo as normas vigentes e que o processo de certificações seguiu as regras normais.

(Notícia atualizada às 20:32 com mais informações)

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