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Bolsa castiga Boeing após segundo acidente com 737 Max em menos de cinco meses

As ações da Boeing estão a ser bastante penalizadas esta segunda-feira na pré-abertura de Wall Street após o acidente de domingo com um Boeing 737 Max 8 na Etiópia. Este foi o segundo acidente com este modelo da fabricante aeronáutica em menos de cinco meses.

Negócios 11 de Março de 2019 às 11:03
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A queda de um Boeing 737 Max 8, da Ethiopian Airlines, na Etiópia este domingo, que provocou a morte de 157 pessoas, está a colocar a fabricante aeronáutica norte-americana sob pressão. Este foi o segundo acidente com este modelo da Boeing em menos de cinco meses.

Após o acidente deste domingo, a China ordenou às suas companhias aéreas que mantivessem em terra todos os 96 Boeing 737 Max 8. As companhias aéreas chinesas representam cerca de 20% da frota mundial do 737 Max 8. Também a Ethiopian Airlines decidiu não utilizar os quatro aparelhos deste modelo que possui. A companhia aérea, a maior de África, tem mais 25 aeronaves deste modelo encomendados.

Já as autoridades indonésias estão a ponderar impedir a utilização do Boeing 737 Max e a Coreia do Sul iniciou uma inspeção especial às duas aeronaves deste modelo operadas pela companhia aérea Eastar.

Em finais de outubro do ano passado, um acidente com um Boeing 737 Max 8 da Lion Air, na Indonésia, causou 189 vítimas mortais.

"O design do Boeing 737 Max tem falhas perigosas", disse à Bloomberg Mohan Ranganathan, ex-piloto e consultor de segurança aérea baseado na cidade indiana de Chennai. "Há semelhanças evidentes entre os acidentes da Lion Air e da Ethiopian Airlines", acrescentou.

A Boeing, por seu turno, indicou esta segunda-feira que a investigação ao acidente de domingo ainda está na fase inicial e que não há necessidade de emitir novas recomendações para as companhias aéreas que possuem aeronaves 737 Max 8 com base na informação de que dispõe.

"A segurança é a nossa prioridade número um e estamos a tomar todas as medidas para perceber por completo todos os aspetos deste acidente, estamos a trabalhar de forma próxima com a equipa de investigação e com as autoridades reguladoras envolvidas", referiu, em comunicado enviado à Reuters, um porta-voz da Boeing.

As ações da construtora aeronáutica perdiam 8,8%, para 385,50 dólares, antes da abertura dos mercados de Nova Iorque. Também a Safran SA, que fabrica, juntamente com a General Electric, os motores do 737 Max, seguia em queda na Bolsa de Paris, recuando 1,3%, para os 117,95 euros.

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