O Turismo de Portugal, liderado por João Cotrim de Figueiredo (na foto), justifica o abandono do apoio ao Rally de Portugal, com a alteração de estratégia no que toca à promoção turística.

Em comunicado, a mesma entidade garante que "o milhão de euros que o Rally de Portugal recebia não vai desaparecer. Vai ser usado, por exemplo, para financiar os apoios públicos que permitirão a instalação da recém-anunciada base da EasyJet no Porto a partir de 2015, um investimento que se prevê venha a ter um impacto estrutural no turismo da região Norte".

No total, desde 2007, até ao ano passado, o Rally de Portugal recebeu apoios directos de sete milhões de euros.

Numa nota, o Turismo de Portugal recorda que "reduziu progressivamente desde 2011 o apoio a eventos, desviando os recursos financeiros para acções de promoção com retorno mais significativo e para reforço do trabalho de cooperação directa com as empresas na abordagem a novos mercados e na comercialização dos seus produtos".

O Turismo de Portugal apoiava cerca de 40 eventos por ano, passando, no ano passado, a apoiar apenas quatro.

"Esta redução no investimento em eventos libertou recursos significativos que nos permitiram apostar de forma consistente noutras áreas, nomeadamente em termos do reforço do apoio a companhias áreas e parcerias com operadores", concluiu.

O Rally de Portugal vai realizar-se, no Norte do País, em 2015, no início do mês de Junho, estando previsto que a prova custe "entre 3,6 e 3,8 milhões de euros", segundo declarações de Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal, citado pelo JN. Até aqui, o evento organizava-se no Algarve.