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Rally de Portugal 2015 teve impacto "recorde" de 127 milhões
No regresso ao Norte, a prova automobilística gerou mais benefícios económicos para a região e para o Estado. O presidente do ACP fala em "grande estalada" ao Ministério da Economia, que retirou o patrocínio.
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O regresso do Rally de Portugal ao Norte do país, após 12 anos de ausência, impulsionou o impacto económico desta prova automobilística em 16,4%, face à edição do ano passado, conclui um estudo elaborado pelo Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo da Universidade do Algarve, em parceria com a Universidade do Minho, apresentado esta quinta-feira, 12 de Novembro, no Porto.
O "Estudo do impacto do WRC Vodafone Rally de Portugal na economia do Turismo e Formação da imagem dos destinos: Região Norte de Portugal – edição 2015", desenvolvido entre Janeiro e Setembro de 2015, calcula que a 49.ª edição do Rally, que abrangeu 13 municípios, teve um impacto económico total estimado em 127,4 milhões de euros, apontado como um valor recorde.
A edição de 2015 do Rally de Portugal foi apoiada pelos municípios e comparticipada em 85% por fundos comunitários canalizados pelo programa operacional ON.2 "O Novo Norte", tendo estado envolvida em acesa polémica pelo facto de o Turismo de Portugal, liderado por João Cotrim de Figueiredo, ter decido retirar o patrocínio de um milhão de euros à prova, justificado com a alteração de estratégia no que toca à promoção turística do país.
Ora, aproveitando os dados sobre o impacto económico, o presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, frisou esta tarde que "a região Norte deu uma grande estalada em Lisboa, nomeadamente ao Ministério da Economia e ao Turismo de Portugal". "Este retorno recorde, superior a 127 milhões de euros, foi, como se viu, um péssimo negócio para os incompetentes que estiveram na base da recusa em apoiar o Rally", acrescentou, nomeando, entre outros, o ex-ministro Pires de Lima, o ex-secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, e o líder do Turismo de Portugal.
Já o líder da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Emídio Gomes, preferiu sublinhar que "dos 65 milhões de euros em gastos diretos, 55 milhões derivaram de exportação pura e dura, já que foi dinheiro despendido na região por estrangeiros e visitantes externos". Os municípios abrangidos pela prova foram Amarante, Baião, Caminha, Fafe, Guimarães, Lousada, Matosinhos, Mondim de Basto, Paredes, Ponte de Lima, Valongo, Viana do Castelo e Vieira do Minho.