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Rally de Portugal teve impacto de 990 milhões na última década

O Rally de Portugal teve um retorno económico de 129,3 milhões de euros na edição de 2016, somando já 989,9 milhões desde 2007, ano em que a prova automobilística reingressou no campeonato do mundo de ralis, conclui um estudo apresentado esta terça-feira no Porto.

A última edição do Rally de Portugal teve um retorno económico de 129,3 milhões de euros, estima um estudo encomendado pelo Automóvel Club de Portugal. Simão Freitas/Cofina
31 de Janeiro de 2017 às 15:45
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O regresso do Rally de Portugal ao campeonato do mundo de ralis, em 2007, contribuiu já com 989,9 milhões de euros para a economia nacional, valor que incorpora o retorno de 129,3 milhões estimado para edição do ano passado, conclui um estudo elaborado pelo Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo da Universidade do Algarve, realizado em parceria com a Universidade do Minho, que será apresentado esta terça-feira, no Porto.

Relativamente ao impacto de 129,3 milhões de euros da edição de 2016, "mais de metade desse valor foi despesa directa total na economia do turismo no Norte de Portugal assegurada por adeptos e equipas: 67,6 milhões de euros, representando mais 2,4 milhões de euros face à edição anterior", avança o mesmo estudo.

Relativamente à receita fiscal gerada pelo volume e tipologia de gastos dos adeptos presentes na prova, sobretudo no sector da alimentação e bebidas, transportes internos e alojamento, o documento estima que o Rally de Portugal de 2016 tenha proporcionado mais de 24 milhões de euros de receita de IVA e ISP.

O "estudo do impacto do WRC Vodafone Rally de Portugal na Economia do Turismo e Formação da Imagem dos Destinos: Região Norte de Portugal – edição 2016" calcula que a 50.ª edição desta competição, que abrangeu 13 municípios da região, "garantiram no conjunto um impacto agregado na ordem dos 49,2 milhões de euros, isto é, cada um dos municípios terá assegurado um retorno económico directo que oscila entre os 413 mil e os 10,1 milhões de euros".

Considerando que esta prova gerou "um fluxo turístico inigualável", num valor "próximo de um milhão de assistências", o estudo estima que, "nos quatro dias da prova, os adeptos permaneceram em média 3,2 noites e 24,6% prolongaram a sua estada além das três noites", destacando "os adeptos franceses, que permaneceram em média 4,7 noites na região".

Os municípios abrangidos pela prova foram Amarante, Baião, Caminha, Fafe, Guimarães, Lousada, Matosinhos, Mondim de Basto, Paredes, Ponte de Lima, Porto, Viana do Castelo e Vieira do Minho.

O mesmo estudo avança ainda que o retorno económico da prova através dos "media", proveniente da exposição nacional e internacional do evento, "gerou um impacto adicional indirecto de 61,7 milhões de euros", indicando que os principais mercados internacionais atingidos foram França, Espanha, Polónia, Finlândia e Itália.

Além do apoio das câmaras municipais envolvidas, o evento promovido pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), em parceria com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (anfitriã da apresentação do estudo) e a Turismo do Porto e Norte de Portugal, contou com um apoio de 882 mil euros de fundos europeus, no âmbito do programa operacional Norte 2020.

Após vários anos de ausência, o Rally de Portugal regressou ao campeonato mundial de ralis (WRC) em 2007, tendo as estradas do Algarve por cenário. Fruto da rotação das provas no calendário do Mundial, voltou a ficar de fora do WRC em 2008, mas voltou em 2009.

Depois de ter andado uma dúzia de anos pelo Algarve e Baixo Alentejo, o Rally de Portugal regressou ao Norte do país em 2015 e por aqui voltará a rolar, entre 19 e 21 de Maio próximos, para cumprir o 50.º aniversário de uma competição cujo impacto económico, garantem os seus promotores, é "inigualável por nenhum outro evento desportivo e/ou turístico organizado anualmente em território nacional".  

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