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Trabalhadores da Carris apoiam transferência da gestão da empresa para Câmara de Lisboa

Na sexta-feira, o PCP deu entrada com um pedido de apreciação parlamentar do diploma que transfere a Carris para a Câmara de Lisboa, não se esclarecendo se visará a cessação de vigência ou alterações ao diploma.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Janeiro de 2017 às 19:23
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Vários órgãos representativos dos trabalhadores da Carris defenderam hoje a transferência da gestão da empresa de transporte público para o município de Lisboa, apesar de reconhecerem como "legítimo e legal" o pedido de apreciação apresentado pelo PCP.

"A transferência da titularidade e gestão da Carris para o município de Lisboa é a solução que melhor serve os trabalhadores, a empresa e o serviço que esta presta", afirmaram, em comunicado, a Comissão de Trabalhadores (CT), o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), o Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM) e a Associação Sindical do Pessoal de Tráfego da Carris (ASPTC).

Na sexta-feira, o PCP deu entrada com um pedido de apreciação parlamentar do diploma que transfere a Carris para a Câmara de Lisboa, não se esclarecendo se visará a cessação de vigência ou alterações ao diploma.

Na sequência da tomada de posição do PCP, os órgãos representativos dos trabalhadores da Carris reuniram para "avaliar os efeitos que tal acção possa provocar aos trabalhadores e à imagem da empresa", concluindo que "faz todo o sentido" que seja a Câmara de Lisboa a entidade responsável pela gestão da Carris "à semelhança do que acontece noutras capitais europeias".

"A Câmara Municipal de Lisboa tem demonstrado a intenção de promover um transporte público que sirva as populações e a cidade, dignificando os 145 anos de história comum, contrastando com o desinvestimento a que a empresa foi vetada nos últimos tempos", referem os órgãos representativos dos trabalhadores da Carris.

Entre os aspectos positivos apontados para a transferência da gestão da Carris destaca-se "a importância que a Câmara de Lisboa tem na articulação da rede de transportes", que, conjugada com a gestão do trânsito da cidade, proporciona "uma vantagem no serviço prestado aos utentes".

"O aumento da velocidade comercial é determinante para o equilíbrio financeiro da empresa e só a Câmara de Lisboa está em condições de o promover", consideraram os representantes dos trabalhadores, frisando que a autarquia comprometeu-se a admitir novos tripulantes e a proceder à aquisição de novos veículos.

Em comunicado, os órgãos representativos dos trabalhadores da Carris dão "toda a razão" às palavras do PCP de que "o melhor garante dos direitos dos trabalhadores são os próprios trabalhadores, a sua unidade, a sua determinação e a sua luta".

No final de Novembro passado, o Governo e a Câmara de Lisboa assinaram um memorando da passagem de gestão da rodoviária Carris para a autarquia, a partir de 1 de Fevereiro de 2017.

Na altura, foram anunciadas medidas como o reforço de 250 novos autocarros nos próximos três anos para a cidade, num investimento de 60 milhões de euros, a contratação de 220 motoristas, a criação de 21 novas linhas e ainda a atribuição de passes gratuitos a todas as crianças até aos 12 anos e descontos para os idosos.
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