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Taxistas querem carros da Uber apreendidos e motoristas multados

O presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) vai pedir ao Governo que os carros da Uber sejam apreendidos e os motoristas multados.

Correio da Manhã
Alda Martins aldamartins@negocios.pt 03 de Março de 2016 às 14:15
Está ao rubro a guerra entre os taxistas e a plataforma Uber, com o Governo pelo meio. Os taxistas querem o fim de um serviço que lhes faz concorrência. O ministro do Ambiente diz que a Uber "é ilegal" e a empresa defende-se alegando que não é um operador de transportes mas sim uma plataforma.

Esta manhã, no Forúm TSF, o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) assegurou que vai pedir ao Governo que os carros da Uber sejam apreendidos e os motoristas multados. Uma proposta que Florêncio Almeida pretende levar à próxima reunião com Executivo sobre esta matéria.

"Se amanhã o Governo, a União Europeia, seja quem for, vier a entender que esse mercado tem que ser aberto, que podem haver outras plataformas, isso é outra situação. Estamos a falar do momento. No momento não podem actuar. É ilegal. E o senhor ministro dos Transportes, que nos prometeu intensificar a fiscalização, e fez muito bem, só lhe falta uma coisa: apreender os veículos. E é isso que vamos exigir na reunião do próximo dia 14. Os veículos têm que ser apreendidos e os motoristos têm que ser coimados e [as multas] pagas na hora. É a assim que a lei manda", disso o presidente da ANTRAL na TSF.

As afirmações do responsável da associação, ao Fórum TSF, surgem no mesmo dia em que o secretário de Estado adjunto e do Ambiente, José Mendes, afirmou que a Uber oferece um "serviço perfeitamente similar ao serviço de táxi" e que "as regras têm de ser cumpridas".

José Mendes defendeu que a concorrência ao serviço dos táxis, feita em Portugal através do serviço de transporte privado Uber, "deve também obedecer aos requisitos exigidos aos taxistas".

O responsável do Executivo respondia assim à Uber que no dia anterior, 2 de Março, reafirmou que não é um operador de transporte mas sim uma plataforma que liga pessoas a prestadores. E apelou a uma revisão regulatória no sector da mobilidade rodoviária.

A empresa não tinha gostado das declarações do ministro Ambiente , a 1 de Março, e reagiu. Não se revê na denominação de empresa de transportes e entende que a regulação tem de ser alterada.
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