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Presidente da Infraestruturas de Portugal recusa que privatização seja o objectivo da fusão

António Ramalho garante que a fusão entre a Estradas de Portugal e a Refer não tem como objectivo a privatização da nova empresa, mas sublinha a necessidade de encontrar caminhos para sair da dependência do Estado.

Bruno Simão
27 de Janeiro de 2016 às 13:19
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O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) garantiu no Parlamento que não é essencial à fusão a privatização total ou de 30% da empresa, como era intenção do anterior Governo.

 

"Se o objectivo do Governo fosse privatizar, não precisávamos de fazer a fusão. Era mais fácil fazer a alienação da Estradas de Portugal", afirmou.

António Ramalho salientou, contudo, que a rodovia ainda não é sustentável e que o modelo ainda é " fortemente penalizante para o contribuinte".

"Vamos ter de encontrar rapidamente caminhos de sustentabilidade, para não ficarmos na dependência do Estado", afirmou.

António Ramalho chegou a defender no ano passado numa entrevista que a empresa devia ter 30% do capital privado, remetendo a decisão para o accionista Estado.
 

António Ramalho salientou que são três os elementos subjacentes à fusão entre a Estradas de Portugal e a Refer: a sinergia de custos, a gestão integrada dos modelos e a capacidade de investimento e financiamento.

Em termos de custos, afirmou que a poupança prevista com a sinergia pode atingir 40 a 50 milhões por ano.

António Ramalho salientou ter dado a cara pela fusão, acrescentado estar "convicto que um país que tem 130% de dívida pública tem de trabalhar com cooperação de modos e não de competição de modos".

Dai, disse, "ter assumido a posição de que tinha participado na fusão e que não tinha estofo pessoal para participar na cisão".

E salientou que um dos grandes agregados da redução de custos é a contratação, para a qual se estima que a fusão possa contribuir com reduções da ordem dos 10% a 15%, assinalando que nas negociações de contratos já feitas foram obtidos poupanças de 18%.

A redução de custos, disse ainda, passará também pelo pessoal e pelos órgãos dirigentes, garantindo contudo que as saídas ocorrerão pela via normal.

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