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Estado recusa desde 2008 novas portagens na A3 e A4

António Ramalho garante que desde 2008 que a Estradas de Portugal reclama a introdução de portagens em dois troços, mas os governos recusam, frisando a coerência das partes.

Bruno Simão
27 de Janeiro de 2016 às 11:12
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O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Ramalho, destacou esta quarta-feira, 27 de Janeiro, no Parlamento "a coerência das partes" relativamente à introdução de portagens em troços da A3 e A4 - Águas Santas-Maia e Águas Santas-Ermesinde -, prevista para o momento em que se concluísse o alargamento de duas para três faixas de rodagem.

 

Na comissão de economia, inovação e obras públicas, António Ramalho explicou que o interesse da IP nestes troços, que pertencem a auto-estradas da Brisa, se deve ao facto de ter sido o Estado a pagar as obras de alargamento, tendo ficado previsto que ficaria com as receitas de portagens.

 

"Desde 2008 que todas as partes têm sido coerentes", afirmou o presidente da IP, adiantando que nesse ano a então Estradas de Portugal (EP) fez uma proposta de introdução de portagens naqueles trocos e "teve recusa do Estado".

 

Em 2012 quando entrou na EP, contou, um dos dossiês era uma carta da administração anterior a dizer ser altura de introduzir portagens, primeiro no troco da A3 e em seguida no da A4.

 

Em Janeiro de 2014, recordou, "voltei a insistir, remetendo a mesma informação, e solicitando de novo a introdução de portagens". O Estado, acrescentou, "não respondeu favoravelmente".

 

"Não era intenção do Estado introduzir portagens", rematou António Ramalho, considerando que esta é "uma história sem história", salientando a "coerência dos organismos, que tem sido sempre a mesma".

 

Ramalho escusou-se a fazer juízos de valor sobre as razões do governo de recusar introduzir estas portagens.

 

Na semana passada, no Parlamento, o ministro do planeamento e infraestruturas garantiu que o Orçamento do Estado para 2016 não prevê receita de introdução de portagens nestes troços.

 

Pedro Marques realçou que "foi uma opção política a não introdução de portagens", acusando o governo anterior de ter duas versões sobre estas portagens: "Dizia que punha portagens na A3 e na A4 quando falava com a 'troika' e depois dizia que não ia pôr quando falava com os autarcas da região".

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