A Brisa Concessão Rodoviária (BCR), que gere as auto-estradas da concessão principal da Brisa, registou no ano passado um resultado líquido de 79,5 milhões de euros, o que representa um aumento de 90% face aos 41,8 milhões apresentados em 2014.

Em comunicado, o grupo revela que as receitas de portagem subiram 6,7% para os 481,2 milhões de euros, ou seja, mais 30,1 milhões de euros, num ano em que não houve lugar a actualização das taxas.

Na apresentação dos resultados anuais de 2015, a Brisa realça que "o enquadramento macroeconómico favorável tem-se traduzido numa melhoria sustentada do tráfego, que regista já o seu nono trimestre consecutivo de crescimento". Desta forma, frisa, "a rede viária da BCR, a par de toda a restante rede nacional de auto-estradas, está claramente em processo de recuperação dos níveis de procura".

Em 2015, o Tráfego Médio Diário na BCR foi de 17.368 veículos, o que corresponde a um crescimento de 7% face ao período homólogo. Um aumento que, explica a BCR, resultou de um crescimento orgânico de 7,2% e de um efeito de calendário ligeiramente negativo (menos 0,2%), devido à localização menos favorável dos dias feriados face a 2014. Todas as auto-estradas da BCR registaram um desempenho positivo.

No total, os proveitos operacionais da BCR também aumentaram 6,7% para 496,9 milhões de euros, enquanto os custos recuaram 0,3% para 123,1 milhões de euros. O EBITDA aumentou, desta forma, 9,3%, atingindo os 373,8 milhões de euros.

O resultado financeiro melhorou para 101,6 milhões de euros negativos, o que representa uma melhoria de 17,3 milhões em relação ao período homólogo. Os custos financeiros baixaram 20 milhões de euros (de 123,1 em 2014 para 103,1 milhões em 2015), essencialmente com a redução dos juros suportados em 17,2 milhões de euros, explicada pela diminuição registada na taxa média de financiamento.

Os resultados antes de impostos subiram 73,6% para 110,2 milhões de euros.

O investimento na rede concessionada totalizou 45,1 milhões de euros, maioritariamente com grandes reparações de pavimentos, taludes e obras de arte.

No final de 2015, e numa óptica contabilística, a dívida líquida da BCR ascendia a 1.930 milhões de euros, tendo aumentado 131,4 milhões em relação ao final de 2014. A BCR finalizou o ano com cerca de 228 milhões de euros de liquidez, estando cerca de 132 milhões colocados em contas de reserva, para investimento e serviço da dívida.