Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Marques Mendes diz que acordo na TAP está iminente

No seu espaço de comentário na SIC, Marques Mendes disse esta noite que deverá haver uma decisão sobre a TAP na próxima semana. O analista político sublinhou que "ou há um acordo ou há nacionalização da TAP". E que o acordo deve passar por uma alteração acionista.

# Porque Desce - Luís Marques Mendes perdeu algumas posições no 'ranking' do Negócios, sem que isso se traduza numa erosão do seu poder de influência, sobretudo nas instâncias políticas. A sua força emana sobretudo da presença mediática, através do programa que tem na SIC, em sinal aberto, que lhe dá o estatuto de comentador com maior raio de alcance. A sua capacidade em antecipar em primeira mão algumas informações revela bem a proximidade que sabe manter com o Governo de António Costa.
Pedro Catarino
28 de Junho de 2020 às 21:34
  • 6
  • ...

"Aproxima-se o momento da decisão na TAP. E já não é sem tempo. O mais provável é haver uma decisão já na próxima semana. Não se pode adiar mais", disse Luís Marques Mendes esta noite, nas suas notas habituais na SIC. E acrescentou: "Face às negociações de última hora, acredito que o acordo está mesmo iminente".

 

O analista político frisou também que "sem injeção de capital, a TAP não tem dinheiro para pagar salários em Julho". "De resto, anteontem, sexta-feira, houve uma reunião decisiva ao mais alto nível dentro do Governo – primeiro-ministro, ministro das Finanças, ministro das Infraestruturas e secretário de Estado do Tesouro", acrescentou.

 

"Aqui chegados, podemos dizer com segurança: ou há um acordo ou há nacionalização da TAP. Não há terceira via".

 

E explicou: "se houver um acordo entre o Governo e os accionistas privados da TAP, nem que seja na 25ª hora, fica tudo resolvido. E o acordo até pode ter várias modalidades. Se não houver um acordo, o cenário da nacionalização é inevitável. Porque todos os outros cenários são inviáveis".

 

No primeiro cenário, o antigo presidente do PSD diz que o Governo recuaria nas suas exigências, algo que não considera possível. "É impossível. O Governo perderia a face".

 

No segundo cenário, o Estado deixa a TAP ir à falência. Na sua opinião, é "outro cenário impossível". "O Estado é acionista, não é um acionista qualquer (tem 50% do capital) e a empresa é estratégica para o país".

 

Resta o terceiro cenário, em que não há um acordo, em qualquer das modalidades possíveis. "Nessa altura, o Estado não tem alternativa que não seja nacionalizar temporariamente a TAP", frisou o 'partner' da Abreu Advogados.

 

"Posto isto, arriscaria o seguinte: acredito que possa haver um acordo e que esse acordo passe por uma alteração acionista da TAP. Afinal, a alternativa da nacionalização, não sendo brilhante para o Estado, é desastrosa para os privados. Mas se não houver acordo, haverá nacionalização".

 

Ver comentários
Saber mais TAP Luís Marques Mendes política aviação
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio