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Destroços do avião da Egyptair encontrados no Mediterrâneo

As autoridades militares egípcias encontraram destroços do avião da Egyptair a 290 quilómetros de Alexandria. A prioridade é encontrar as caixas-negras para se esclarecerem as dúvidas existentes.

Reuters
20 de Maio de 2016 às 10:26
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As autoridades egípcias confirmaram esta sexta-feira, 20 de Maio, ter encontrado destroços a flutuar no mar Mediterrâneo que pertencem ao avião da Egyptair que esta quinta-feira de madrugada se despenhou enquanto voava de Paris para o Cairo.

Os destroços do voo MS804 foram detectados a 290 quilómetros da cidade costeira de Alexandria. A Reuters escreve que foram ainda avistados pertences dos passageiros, sendo a principal prioridade nesta altura encontrar as caixas-negras do avião. As mesmas permitirão ter acesso a informação recolhida durante o voo, retirando dúvidas quanto à origem do acidente.

Entre as 66 pessoas a bordo (56 passageiros e dez tripulantes, a maioria egípcios e franceses) seguia um português, funcionário da construtora Mota-Engil, João David e Silva, de 62 anos.

Segundo a BBC, que consultou um oceanógrafo, a área onde foram já encontrados vestígios de um corpo humano, duas cadeiras e malas "é uma parte muito difícil do Mediterrâneo para buscas", tendo em conta a profundidade.


O achado desta manhã deverá assim trazer mais certezas sobre o que aconteceu com o avião, num segundo dia de buscas que tinha começado cheio de dúvidas. A Egyptair também já confirmou o cenário avançado pelo exército egípcio na sua conta do Twitter.


Os materiais encontrados vão agora ser examinados por especialistas de aviação do Egipto, Reino Unido e França bem como da empresa fabricante da aeronave, a Airbus. 

A companhia aérea, bem como as autoridades egípcias, chegou a admitir que os materiais encontrados ontem a flutuar podiam pertencer ao avião. Um cenário que as autoridades gregas nunca confirmaram.


A Egyptair acabou por voltar atrás na sua palavra, informando que não havia certezas se se tratariam mesmo de destroços do A320 desaparecido na madrugada de quinta-feira, 19 de Maio. O mesmo voava entre Paris e o Cainro, quando desapareceu subitamente na entrada do espaço aéreo egípcio.

Entretanto, um satélite da Agência Especial Europeia (ESA) identificou uma potencial mancha de combustível, com cerca de dois quilómetros de comprimento, na área onde o avião desapareceu.

A imagem tirada na quinta-feira, 19 de Maio, mostra uma mancha a cerca de quarenta quilómetros a sudeste da última localização conhecida do avião. A ESA não garante, todavia, que seja do Airbus A320.



Falha ou atentado terrorista?

"Não temos absolutamente nenhuma indicação das causas". A garantia foi dada pelo ministro francês dos Negócios Estrangeiros esta sexta-feira, 20 de Maio. Mas a discussão sobre a origem deste acidente não abranda.


A tese de atentado terrorista no voo MS804 ganhou força, recebendo o apoio das autoridades egípcias e de especialistas de aviação. Um porta-voz do governo egípcio chegou mesmo a dizer que as "probabilidades" de um atentado eram superiores a uma falha técnica.


França, Grécia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos da América juntaram-se às buscas. Especialistas norte-americanos citados pela imprensa dizem ter analisado as imagens de satélite da área onde caiu o avião, que não apontam para qualquer explosão a bordo.


A Egyptair – com um histórico preenchido de casos como este – optou pela prudência e nunca chegou a assumir uma posição nesta questão.


França já anunciou que está a investigar pessoal de terra no aeroporto Charles de Gaulle, depois de já ter reforçado a segurança na infra-estrutura com os ataques de 13 de Novembro em Paris e ao aeroporto de Bruxelas. Ambos foram reivindicados pelo Estado Islâmico (EI).


O incidente ocorre dias depois de o autoproclamado EI ter ameaçado França com mais mortes. Nenhum grupo reivindicou, até ao momento, a autoria pela queda do avião.


(Notícia actualizada às 15:14 com mais informação)

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