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Avião da Egyptair desviado para Chipre, reféns libertados e "pirata" preso

Foi esta manhã desviado um voo doméstico da Egyptair com dezenas de pessoas a bordo, que fazia a ligação entre Alexandria e Cairo. O piloto foi forçado a aterrar o avião em Chipre, no aeroporto de Larnaca. Todos os reféns foram libertados e o "pirata" foi preso. Primeiras suspeitas de terrorismo foram afastadas. Por trás do desvio pode estar... uma história de amor.

Bloomberg
29 de Março de 2016 às 09:00
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Um voo doméstico da Egyptair, com dezenas de pessoas a bordo, que fazia a ligação entre Alexandria e Cairo foi esta manhã desviado e forçado a aterrar em Chipre, com um dos passageiros a ameaçar o piloto com um cinto de explosivos. Já em Larnaca, os passageiros foram sendo progressivamente libertados e o Ministério dos Negócios Estrangeiros cipriota confirmou há minutos no Twitter que o suspeito foi detido. Televisão pública de Chipre diz que o "pirata" se rendeu, saindo do avião de braços no ar. Todos os passageiros e tripulação estão bem. Resta saber se havia mesmo um cinto de explosivos.


Durante a manhã, o governo cipriota foi afastando as primeiras suspeitas de que se tratava de um ataque terrorista. O Presidente adiantou mesmo que o caso tinha, isso sim, "a ver com uma mulher". Veja o vídeo da BBC com as declarações de Nikos Anastasiades:


Apesar de os receios iniciais de terrorismo terem sido colocados de lado e a maior parte dos passageiros ter sido libertada, a situação foi-se novamente complexificando à medida que o tempo passava, sem ser possível confirmar se o cinto com explosivos era verdadeiro e com o Executivo cipriota a dizer que o suspeito estava "psicologicamente instável". Além disso, além de pedir asilo em Chipre para viver com a ex-mulher, o "pirata" começou a pedir a libertação de mulheres prisioneiras no Egipto, onde o Governo enfrenta uma insurgência islâmica na Península de Sinai. 



O caso começou a ganhar contornos de filme de Hollywood quando foi noticiado que o homem pretendia voltar a viver com a ex-mulher, tendo entregue a partir do avião uma carta de quatro páginas para que lhe seja entregue. A polícia cipriot confirmou que a ex-mulher do "pirata", Marina Parashkou, foi levada para o aeroporto, para ajudar com as negociações. 

O Governo egípcio recusa identificar o "pirata", mas o Governo cipriota diz que o seu nome é Seif Eldin Mustafa. A agência egípcia MENA avançou inicialmente que o homem se chamava Ibrahim Abdel Tawwab Samaha
. Mais tarde, a Reuters escreveu que ele é professor de medicina veterinária na Universidade de Alexandria. No entanto, essa informação foi desmentida pelo vice-reitor da universidade, que diz que Samaha era, isso sim, um dos passageiros e que já tinha falado com ele por telefone. 

Inicialmente, foi noticiado que era egípcio, mas aparentemente a sua nacionalidade será libanesa. A ex-mulher do "pirata" é citada nos media cipriotas, dizendo que ele terá "motivos pessoais" para desviar o avião e a correspondente do Guardian em Chipre refere que pediu asilo político em Chipre. 

Durante a manhã, a Reuters noticiou todos os passageiros tinham sido libertados, excepto cinco estrangeiros e a tripulação de bordo. "As negociações com o pirata resultaram na libertação de todos os passageiros do avião, excepto a tripulação e cinco estrangeiros", escreveu a Egyptair, numa nota oficial. Diferentes órgãos de comunicação social internacionais apresentavam diferentes números em vários momentos do dia. Antes do "pirata" se ter rendido, as últimas notícias da Reuters apontavam para a existência de sete reféns ainda no avião, entre os quais três passageiros.

#cyprus #egypt air hijacker now being described as Lebanese: his demand political asylum, according to Cypriot police officials


Podemos não estar perante um caso de terrorismo, mas sim de uma... história de amor. A mesma jornalista do Guardian cita o Presidente de Chipre a dizer que tudo "teve a ver com uma mulher".


A informação de que o "pirata" terá um cinto de explosivos foi comunicada pelo piloto, como justificação para aterrar em Larnaca. Contudo, o ministro dos Negócios Estrangeiros cipriota disse que a existência dos explosivos ainda não tinha sido confirmada. 

A Reuters cita o ministro egípcio da Avião Civil, que diz existir um homem com um cinto de explosivos, que ameaçou fazer explodir o Airbus 320 a meio da viagem (6h30, hora de Lisboa). A televisão cipriota diz que, já em terra, o "pirata do ar" pediu à polícia para se afastar do avião. 

Existem várias versões sobre o número de passageiros inicial. As agências internacionais diferem nos números, com notícias que falam de 30 e outras de 81. Contudo, a Reuters terá apurado que entre eles estão dez americanos e oito britânicos. 

O aeroporto do Cairo adiou a partida do voo de ligação para Nova Iorque, devido a precauções de segurança.

Como medida de prevenção, Israel colocou os seus caças no ar, diz a Reuters, citando uma fonte das forças armadas israelitas. 

(Notícia em actualização)
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