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Avião da Egyptair desviado para Chipre, reféns libertados e "pirata" preso
Foi esta manhã desviado um voo doméstico da Egyptair com dezenas de pessoas a bordo, que fazia a ligação entre Alexandria e Cairo. O piloto foi forçado a aterrar o avião em Chipre, no aeroporto de Larnaca. Todos os reféns foram libertados e o "pirata" foi preso. Primeiras suspeitas de terrorismo foram afastadas. Por trás do desvio pode estar... uma história de amor.
Its over. The #hijacker arrested. #LarnacaAirport # Egyptair
— Cyprus MFA (@CyprusMFA) March 29, 2016
Watch Cyprus President Nikos Anastasiades laugh at #EgyptAir hijacking, saying it "is all to do with a woman". pic.twitter.com/qcmpKObRHI
— Rori Donaghy (@roridonaghy) March 29, 2016
#EgyptAir hijacker's 4 page letter 2 ex wife has bn translated & handed 2 her. It contains demand 4 release of female prisoners in #egypt
— Helena Smith (@HelenaSmithGDN) March 29, 2016
ex wife of man behind #egypt air hijacking now at #larnaka airport where #cypriot gov hopes she'll talk sense 2 love-sick former partner
— Helena Smith (@HelenaSmithGDN) March 29, 2016
O caso começou a ganhar contornos de filme de Hollywood quando foi noticiado que o homem pretendia voltar a viver com a ex-mulher, tendo entregue a partir do avião uma carta de quatro páginas para que lhe seja entregue. A polícia cipriot confirmou que a ex-mulher do "pirata", Marina Parashkou, foi levada para o aeroporto, para ajudar com as negociações.
O Governo egípcio recusa identificar o "pirata", mas o Governo cipriota diz que o seu nome é Seif Eldin Mustafa. A agência egípcia MENA avançou inicialmente que o homem se chamava Ibrahim Abdel Tawwab Samaha. Mais tarde, a Reuters escreveu que ele é professor de medicina veterinária na Universidade de Alexandria. No entanto, essa informação foi desmentida pelo vice-reitor da universidade, que diz que Samaha era, isso sim, um dos passageiros e que já tinha falado com ele por telefone.
Inicialmente, foi noticiado que era egípcio, mas aparentemente a sua nacionalidade será libanesa. A ex-mulher do "pirata" é citada nos media cipriotas, dizendo que ele terá "motivos pessoais" para desviar o avião e a correspondente do Guardian em Chipre refere que pediu asilo político em Chipre.
Durante a manhã, a Reuters noticiou todos os passageiros tinham sido libertados, excepto cinco estrangeiros e a tripulação de bordo. "As negociações com o pirata resultaram na libertação de todos os passageiros do avião, excepto a tripulação e cinco estrangeiros", escreveu a Egyptair, numa nota oficial. Diferentes órgãos de comunicação social internacionais apresentavam diferentes números em vários momentos do dia. Antes do "pirata" se ter rendido, as últimas notícias da Reuters apontavam para a existência de sete reféns ainda no avião, entre os quais três passageiros.
#cyprus #egypt air hijacker now being described as Lebanese: his demand political asylum, according to Cypriot police officials
— Helena Smith (@HelenaSmithGDN) March 29, 2016
Podemos não estar perante um caso de terrorismo, mas sim de uma... história de amor. A mesma jornalista do Guardian cita o Presidente de Chipre a dizer que tudo "teve a ver com uma mulher".
#cyprus pres nikos anastasiades confirms tt terrorism not behind hijacking but love-sick romeo. "it's 2 do w a woman!"
— Helena Smith (@HelenaSmithGDN) March 29, 2016
A informação de que o "pirata" terá um cinto de explosivos foi comunicada pelo piloto, como justificação para aterrar em Larnaca. Contudo, o ministro dos Negócios Estrangeiros cipriota disse que a existência dos explosivos ainda não tinha sido confirmada.
A Reuters cita o ministro egípcio da Avião Civil, que diz existir um homem com um cinto de explosivos, que ameaçou fazer explodir o Airbus 320 a meio da viagem (6h30, hora de Lisboa). A televisão cipriota diz que, já em terra, o "pirata do ar" pediu à polícia para se afastar do avião.
Existem várias versões sobre o número de passageiros inicial. As agências internacionais diferem nos números, com notícias que falam de 30 e outras de 81. Contudo, a Reuters terá apurado que entre eles estão dez americanos e oito britânicos.
O aeroporto do Cairo adiou a partida do voo de ligação para Nova Iorque, devido a precauções de segurança.
Como medida de prevenção, Israel colocou os seus caças no ar, diz a Reuters, citando uma fonte das forças armadas israelitas.
(Notícia em actualização)