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Sérgio Monteiro: "Não queremos sair pela porta e entrar pela janela" nas telecomunicações

O secretário do Estado das Comunicações voltou a afastar a intervenção do Estado na venda da PT Portugal. Mas assume atenção a um processo num sector económico importante para o país. E diz que, no entanto, o pior coisa para a PT Portugal é ter um accionista que não a quer.

Miguel Baltazar/Negócios
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A origem do capital não é relevante. Podem ser franceses, americanos, o que for, nas palavras de Sérgio Monteiro, secretário de Estado das Infra-estruturas, que tem a tutela das comunicações. O que é relevante, no processo, é que há empresas interessadas em investir sete mil milhões de euros no país. Uma alusão às propostas da Altice e Apax/Bain que assumiram a pretensão de entrar na corrida à PT Portugal, oferecendo sete mil milhões de euros.

 

Sérgio Monteiro, no jantar-debate que assinalou os 30 anos da APDC (Associação para o Desenvolvimento das Comunicações), voltou a afastar qualquer intervenção do Estado nesse processo de venda.

 

"Não quereremos entrar pela janela", quando foi pela "porta" que o Estado saiu do sector. O actual Governo além de ter eliminado as acções preferenciais, que lhe dava poderes especiais na PT ("golden share"), na PT privatizou os CTT na sua totalidade. E isso foi realçado por Sérgio Monteiro que defende o modelo de intervenção do Estado pela regulação, proporcionando "oportunidades iguais para todos e sectores onde não há primos e enteados". "Este é o modelo da economia que eu profundamento acredito e que tento migrar para sectores em que as práticas não são assim".

 

Aliás, o secretário de Estado que também tem a tutela dos transportes e infra-estruturas fez o paralelismo entre os sectores e até fez uma inconfidência. Na transição de pastas para este Governo Sérgio Monteiro reuniu-se com o ex-secretário de Estado do Tesouro, Carlos Costa Pina, que lhe contou um segredo: nos transportes e infra-estruturas vais ter em mãos problemas, mas quando quiseres flores usa o das telecomunicações.

 

Assim começou o elogio ao sector que o estava a ouvir, assumindo que não quer um estado interventivo nas empresas. "Temos vindo a ser desafiado para termos uma palavra [no futuro da PT], mas o Estado não deve ser o alfa e o omega do sector, em que tudo constrói e organiza".

 

À margem concretizou que "estaremos sempre atentos, mas não temos de interferir", ainda assim assume ter recebido eventuais investidores na PT Portugal. Sérgio MOnteiro assume que recebe investidores para falar do país, das reformas e dos projectos.

 

Sobre as propostas em cima da mesa para a PT Portugal, Sérgio Monteiro não fala, mas cita o ministro da Economia, Pires de Lima, para afirmar que o pior para a empresa é ter um accionista que não a quer e que não tem "vontade nem capacidade" para investir.

 

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