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Pharol convoca assembleia geral de accionistas da Oi para 7 de Fevereiro

A adopção de acções judiciais contra os moldes do plano de recuperação aprovado pelos credores da Oi é um dos pontos da assembleia extraordinária convocada pela Pharol para o próximo dia 7 de Fevereiro.

Luís Palha da Silva foi apontado presidente executivo ainda a Pharol tinha a  designação de PT SGPS. O mandato terminou em Dezembro de 2017, ano em que a empresa adoptou a solução de a gestão do dia-a-dia ser assegurada por um administrador-delegado, que é Palha da Silva.
Pedro Elias
Sara Ribeiro sararibeiro@negocios.pt 08 de Janeiro de 2018 às 11:26

A Pharol, maior accionista da Oi com 27,2% do capital, convocou uma assembleia geral extraordinária para dia 7 de Fevereiro, informou a empresa em comunicado emitido esta segunda-feira à CMVM.

A empresa liderada por Luís Palha da Silva considera que o plano de recuperação judicial da operadora, aprovado pelos credores no passado dia 19 de Dezembro e ainda sujeito à homologação pelo Tribunal, "não está em conformidade com a governança estabelecida no Estatuto Social da Oi em vigor".

Por isso, um dos pontos da AG é debater o plano aprovado, bem como "adoptar as providências judiciais e extra-judiciais adequadas", lê-se no comunicado.

A Pharol já tinha demonstrado o seu descontentamento em relação ao plano que prevê uma forte diluição dos accionistas. Aliás, a antiga PT SGPS já tinha admitido utilizar "os meios legais ao seu alcance" para contrariar o plano de recuperação da Oi.

O actual plano prevê a conversão da dívida até 75% do capital da Oi. Quer isto dizer que, no final do processo, os credores vão ficar a controlar a maioria do capital da empresa, com os actuais accionistas a sofrerem uma forte diluição das suas participações, incluindo a Pharol.

Além disso, o plano prevê um aumento de capital de 4 mil milhões de reais (cerca de mil milhões de euros) pelos accionistas. A Pharol ainda não anunciou se vai acompanhar o aumento de capital. Mas como Luís Palha da Silva já tinha adiantado ao Negócios, a Pharol já está em contactos "com algum nível de aprofundamento para tentar verificar que quantidade e em que modalidades poderia obter alguns recursos financeiros para ir a aumentos de capital".

No comunicado emitido esta segunda-feira, a Pharol volta a sublinhar que "entende que o plano de recuperação judicial não está em conformidade com a governança estabelecida no Estatuto Social da Oi em vigor", uma vez que prevê, entre outros, "a destituição e nomeação indevida de integrantes do Conselho de Administração, usurpando a competência da assembleia geral, em flagrante violação das regras de composição e nomeação previstas na lei e no Estatuto Social da Oi". E "a fixação de regra de resolução de conflitos entre accionistas e companhia distinta da prevista no Estatuto Social da Oi".

O plano aprovado no dia 19 de Dezembro prevê ainda a redução dos membros do CA. No caso da Pharol, ficará com dois elementos: Palha da Silva e Pedro Morais Leitão.

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