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Palha da Silva: "Os accionistas decidirão se valerá a pena continuar com a empresa"

O presidente da Pharol (ex-PT SGPS), Luís Palha da Silva, não abre o jogo quanto ao futuro de longo prazo da empresa. Garante que há assuntos para resolver antes de se tomar a decisão sobre esse futuro. Os accionistas o decidirão, mais tarde. Em entrevista ao Diário Económico, Palha da Silva acrescenta que neste momento admite processar quatro ex-administradores da PT.

A mesa com o conselho de administração onde se sentam representantes do Novo Banco, da Ongoing e da Visabeira.
Pedro Elias/Negócios
Negócios 07 de Agosto de 2015 às 10:18
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Luís Palha da Silva chegou à ex-PT SGPS quando a mesma se converteu em Pharol este ano. Já levou à assembleia-geral de accionista a proposta de avançar com processos contra ex-administradores da PT por causa do investimento ruinoso em dívida da Rioforte, no valor de 897 milhões de euros que ficaram por pagar.

No balanço a Pharol admite recuperar 15% desse valor, ou seja, 135 milhões de euros. Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, explica, em entrevista ao Económico (detido pela Ongoing, também accionista da Pharol), que neste momento a empresa está no processo de obtenção de certificação de todas as dívidas para "conhecer exactamente a dimensão que tem a dívida total da Rioforte e quem são os credores". Até ao final de Setembro deve haver uma ideia "mais clara do que se passa".

A Rioforte é um dos poucos activos que a Pharol tem no balanço. O principal é, no entanto, a participação accionista na Oi e por isso o valor da empresa brasileira tem de estar nas preocupações da Pharol. "O valor da Oi depende em grande parte da capacidade que tenhamos de fazer evoluir a empresa em algumas direcções bem definidas", diz Luís Palha da Silva que a partir de 1 de Setembro, data da realização da assembleia-geral da Oi, será administrador da empresa brasileira.

Luís Palha da Silva fala já como accionista da Oi e futuro administrador. "Tentaremos tudo o que pudermos para encontrar soluções que criem sinergias no Brasil. A Pharol, obviamente, tem um papel e uma responsabilidade especiais".

É também Palha da Silva que garante que o processo de venda da Unitel por parte da Oi continua. "Ainda se mantém muito viva [a intenção da Oi vender]", diz, acrescentando: "Não há muitos compradores para a participação e isso torna as negociações, às vezes, mais difíceis pelas exigências que cada um dos parceiros - comprador e vendedor - faz nesse negócio. Mas mantém-se uma vontade muito forte de proceder a essa venda".

Na entrevista ao Económico, o presidente da Pharol fala ainda dos processos aprovados contra ex-administradores da PT, continuando a não revelar os nomes. Mas diz que a lista neste momento contém quatro elementos. Mas "pode ser maior do que a que temos neste momento ou menor. Parece-nos que se a lista não está completamente definida e por razões de privacidade não vamos divulgar esses nomes até termos a certeza de quem são exactamente".

Por fim, questionado quanto ao futuro da Pharol, Palha da Silva deixa para a frente a decisão. A ideia inicial, na altura da fusão da PT com a Oi era a extinção da própria PT SGPS com a entrega das acções que detinha na Oi aos seus accionistas. Agora, "tudo depende da forma como vierem a evoluir os seus activos". Mas "uma vez resolvidos os temas, como o da Rioforte, não se justificaria muito ter uma empresa. Mas alguém tem de tratar dos assuntos que temos em mãos e nenhum deles é um assunto que possa ser resolvido no muitíssimo curto prazo. Tentaremos que seja o mais cedo que for possível e depois os accionistas decidirão se valerá a pena continuar com a empresa ou não".
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