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Pharol vai lançar programa de compra de acções próprias

É uma forma de remunerar os accionistas, sem distribuir dividendos. A Pharol aprovou em comissão executiva a compra de acções próprias, informou a empresa em comunicado.

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, explica aos jornalistas, depois da assembleia-geral, o que foi aprovado. Questionado sobre eventuais processos contra o BES ou o Novo Banco, Luís Palha da Silva afirmou 'que está tudo em aberto'.
Pedro Elias/Negócios
07 de Agosto de 2015 às 09:22
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A Pharol (ex-PT SGPS) vai levar ao conselho de administração uma proposta para o lançamento de um programa de compra de acções próprias. 

Num comunicado contendo uma única frase, a Pharol informa que "na reunião da sua comissão executiva de 6 de Agosto de 2015, foi decidido apresentar ao conselho de administração uma proposta de programa de compra de acções próprias da empresa a ser submetida a uma assembleia-geral de accionistas". Não revela mais. Nem o calendário, nem o montante, nem como será financiado.

O comunicado é divulgado no mesmo dia em que o Diário Económico traz uma entrevista com o presidente da Pharol, Luís Palha da Silva, onde este admite estudar uma proposta de compra de acções próprias para poder "devolver aos nossos accionistas todos os excedentes de tesouraria que possa haver".

A compra de acções próprias é uma forma de remunerar accionistas, na medida em que pressupõe, depois dessa aquisição, por regra a eliminação dos títulos, através de uma redução de capital. De qualquer forma garante que há menos acções em circulação o que leva a que teoricamente o preço de acção suba. 

Luís Palha da Silva assume que tem um excedente de tesouraria. Aliás, como o Negócios avançou na altura do destaque da PT Portugal, a 5 de Maio de 2014, para integrar os activos da Oi, a ex-PT SGPS ficou com 100 milhões de euros em caixa. 

A PT SGPS, antes de se tornar Pharol e quando ainda detinha a PT Portugal e todas as áreas operacionais de Portugal e no exterior, realizou dois programas de recompra de acções próprias ("share buy back"), em 2003 e no âmbito da defesa à OPA (Oferta pública de aquisição) lançada pela Sonaecom em 2006, e que caiu definitivamente em 2007.

A compra de acções próprias está limitada a 10%, pelo que se fosse agora este programa, e se levado ao máximo dos 10%, poderia custar à Pharol pouco mais de 25 milhões de euros. A Pharol está na sessão desta sexta-feira, 7 de Agosto, a transaccionar em mínimos de 29,9 cêntimos, perdendo 0,66%, tendo já batido nos 29,6 cêntimos.
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