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Pharol avança com compra de até 7,7% das acções próprias

Palha da Silva já tinha falado na possibilidade de avançar com um programa de compra de acções próprias. Esta terça-feira, foi marcada a reunião que irá decidir esta possibilidade. A operação pode custar 20 milhões.

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, diz esperar que não seja demorada a entrada dos processos em tribunal.
Pedro Elias/Negócios
06 de Outubro de 2015 às 17:00
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A Pharol vai avançar com a compra de até 7,7% de acções próprias, segundo a proposta a levar à assembleia-geral de accionistas marcada para 4 de Novembro. As compras poderão ser feitas ao longo de 18 meses.

A deliberação sobre a aquisição e alienação de acções próprias da antiga PT SGPS é o ponto único da assembleia-geral marcada para as 12 horas de dia 4 de Novembro. A reunião vai ter lugar no Espaço Amoreiras, em Lisboa, já que as instalações da sede da empresa, num outro edifício ali perto, "não permitem a reunião em condições satisfatórias". A empresa já não se encontra nas Picoas, onde está sediada a PT Portugal, agora controlada pela Altice.

 

Na proposta apresentada, a companhia sublinha que é "conveniente" que possa avançar para esta operação, mas não avança com uma explicação mais específica. Contudo, em entrevista ao Diário Económico a 7 de Agosto, Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, anunciou que o objectivo era "devolver aos accionistas todos os excedentes de tesouraria que possa haver". Como foi escrito em Maio pelo Negócios, na altura do destaque da PT Portugal, a 5 de Maio de 2014, na operação que levou os activos desta sociedade para a brasileira Oi, a ex-PT SGPS (Pharol) ficou com 100 milhões de euros em caixa. Com esta operação de compra de acções próprias, os accionistas vão ser remerados sem que haja distribuição de dividendos. 

 

O número máximo de acções neste programa da Pharol a atribuir é "até ao limite correspondente a 7,7% do capital social, segundo o documento divulgado através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Qualquer compra de activos está limitada a 10% do total do capital.

 

O prazo para a aquisição é de 18 meses, "a contar da data da presente deliberação proposta". Contudo, o momento da aquisição será determinado pelo conselho de administração, "tendo em conta a situação do mercado e as conveniências ou obrigações da sociedade, podendo efectuar-se por uma ou mais vezes nas proporções que o conselho de administração fixar".

20 milhões

O preço das compras por parte da Pharol às suas acções "deverá conter-se num intervalo de 25% para menos e para mais relativamente à cotação mais baixa e média, respectivamente, das acções a adquirir no Euronext Lisbon, durante as três sessões de mercado regulamentado imediatamente anteriores à data de aquisições".

Esta terça-feira, a empresa fechou a valer 0,296 euros, um ganho de 2,78% em relação ao fecho da sessão anterior. Tendo como preço de referência a cotação da última sessão, e adquirindo até os 7,7% do capital, o programa poderá levar ao desembolso de 20 milhões de euros.

A Pharol é a sociedade que é accionista da Oi e, além disso, detém os 897 milhões em títulos de dívida da falida Rioforte (que, a serem recuperados, concedem a subida da participação accionista na operadora brasileira).




 

(Notícia actualizada com mais informações pela última vez às 17h25)

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