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Pharol dispara 54% em cinco dias

A Pharol mantém a toada de ganhos acentuados, seguindo esta quinta-feira a subir mais de 11%, acumulando assim uma valorização de 54% nos últimos cinco dias. A compra de acções próprias e as notícias de consolidação no Brasil justificam o comportamento.

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, diz esperar que não seja demorada a entrada dos processos em tribunal.
Pedro Elias/Negócios
08 de Outubro de 2015 às 10:16
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As acções da Pharol estão a subir 11,48% para 40,8 cêntimos, tendo chegado já a ganhar 15,30% para 42,2 cêntimos, o que corresponde a um máximo de 26 de Junho.

 

Esta é a quinta sessão de ganhos, período no qual a Pharol acumula um ganho de 54%, e sempre com uma liquidez elevada. Só na primeira hora e meia de negociação desta quinta-feira, 8 de Outubro, já trocaram de mãos cerca de 15,8 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses é de 8,59 milhões. E esta semana o número de acções transaccionadas foi sempre superior à média.

 

A justificar as subidas acentuadas das últimas sessões estão essencialmente dois factores. Por um lado o anúncio de compra de acções próprias, que é uma forma de remunerar os accionistas. Por outro as notícias de consolidação no mercado brasileiro, entre a Oi e a Tim, estão a catapultar os títulos da Pharol, que detém 27,5% da brasileira.

 

O jornal Estado de São Paulo noticiou esta quarta-feira, 7 de Outubro, que o BTG, que foi contratado pela Oi para avaliar potenciais cenários de fusão entre a Oi e a TIM, já elaborou uma série de possibilidades tendo em vista esta operação. O BTG Pactual revelou mesmo estar em conversações com o grupo LetterOne, do bilionário russo Kikhail Fridman, para avançar com o processo de consolidação entre a Oi e a TIM, segundo o mesmo jornal. Contudo, o BTG disse ainda não ter apresentado qualquer estudo ou cenários à Oi.

 

E foi precisamente isso que a brasileira revelou em comunicado na quarta-feira à noite, tendo desta forma desmentido as notícias que apontam para que esteja "perto de montar uma proposta de fusão com a TIM."

 

Em comunicado, a Oi "reitera que contratou o Banco BTG Pactual para desenvolver alternativas viáveis de estruturas e de financiamento para viabilizar um movimento de consolidação do sector no mercado brasileiro", mas acrescenta que, nesse sentido, "o BTG Pactual tem mantido conversas com terceiros em relação a uma possível operação", tendo informado a Oi que "até esta data, não recebeu qualquer proposta concreta visando a uma operação".

 

E estas movimentações estão também a animar as acções da Oi, que ontem subiram pela quarta sessão consecutiva, acumulando um ganho de 32,5% neste período. As acções, que ainda não iniciaram a negociação esta quinta-feira, fecharam a valer 3,67 reais.

 

A Pharol anunciou também na terça-feira um programa de recompra de acções próprias, que poderá atingir representar um desembolso de 20 milhões de euros. A empresa prevê comprar até 7,7% do seu capital, num processo que poderá ser realizado ao longo de 18 meses. Os accionistas vão votar esta proposta no próximo dia 4 de Novembro. Estas operações surgem como uma forma da empresa remunerar os seus accionistas.

Apesar das subidas recentes importa salientar que a Pharol continua a acumular uma queda superior a 50% desde o início do ano. 

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