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HSBC: Isabel dos Santos "não oferece um valor justo" pela PT SGPS

A venda da PT Portugal é uma "necessidade para a Oi resolver questões estratégicas" no mercado brasileiro de telecomunicações. O banco britânico avisa que o "interesse de Isabel dos Santos na PT SGPS pode atrasar o processo" de venda.

20 de Novembro de 2014 às 11:38
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A oferta de Isabel dos Santos pela PT SGPS não é suficientemente atractiva para a Oi aceitar vender a cotada portuguesa, consideram os analistas do HSBC. Ao mesmo tempo, a Oi pretende ser "um protagonista" no mercado brasileiro de telecomunicações e precisa do dinheiro da venda da PT Portugal para avançar para a compra ou fusão com a TIM.

 

"A abordagem de Isabel dos Santos não é bem-vinda pela Oi e não é suficientemente atractiva para a PT SGPS", pode-se ler numa nota de análise do HSBC divulgada esta quinta-feira, 20 de Novembro.

 

Esta oferta "não oferece um valor justo pela PT SGPS" e iria assim "privar a Oi da sua melhor oportunidade" para reduzir o peso da sua dívida.

 

A venda dos activos portugueses é assim uma "necessidade para a Oi resolver questões estratégicas" no mercado brasileiro de telecomunicações. Todavia, os analistas avisam que o "interesse de Isabel dos Santos na PT SGPS pode atrasar o processo".

 

O banco considera que a venda de activos é uma "pré-condição para o envolvimento da Oi na consolidação" do mercado brasileiro de telecomunicações. Neste momento, a Altice e os fundos Apax e Bain apresentaram propostas superiores a sete mil milhões de euros pela empresa dona da Meo.

 

Depois da Oi ter dito que pretendia ser um "protagonista" na consolidação do mercado brasileiro enfrenta agora um obstáculo relevante: a sua dívida elevada. Por isso, a venda de activos "é uma necessidade" e os "activos portuguesas da Oi são os mais valiosos" que a empresa tem disponíveis para vender

 

O banco britânico também se debruça sobre as movimentações no xadrez do mercado brasileiro de telecomunicações. "A consolidação é essencial tanto para a Oi como para a TIM", defendem, mas consideram que existe a possibilidade da Telecom Italia "ambicionar ficar com o controlo" sobre a Oi na nova companhia.

 

Os analistas consideram assim que, neste momento, existem dois "cenários plausíveis" em cima da mesa: a fusão entre a TIM e a Oi e a divisão da TIM entre a Claro, a Vivo e a Oi.

 

"Em caso de fusão, esperamos que a Telecom Italia pretenda ficar com uma fatia maior na nova empresa". Contudo, os analistas alertam que a empresa que nascer da fusão "iria precisar de uma injecção de capital por parte da Telecom Italia no valor de 550 milhões de euros".

 

O HSBC mantém tanto o preço-alvo como a recomendação para as duas empresas. A PT SGPS está com a recomendação em "underweight", com o preço-alvo em 1,25 euros, e com um potencial de desvalorização de 12,952% face à cotação actual de 1,436 euros.

 

Já a Oi está com a recomendação em "neutral", com um preço-alvo de 1,40 reais, e com um potencial de desvalorização de 2,77% face à cotação actual de 1,44 reais.

 

A PT SGPS permanece inalterada na bolsa de Lisboa nos 1,436 euros na sessão desta quinta-feira, enquanto a Oi encerrou a sessão de ontem a ganhar 8,46% para 1,44 reais.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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