Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fibroglobal assegura que reduziu os preços cobrados às operadoras

A empresa informou o regulador que reduziu os preços de acesso às redes que dispõe no Centro e nos Açores, tal como tinha sido deliberado pelo Governo.

O Governo escolheu para presidente da Anacom João Cadete de Matos, quadro do Banco de Portugal e que chegou a ser falado, com o actual Executivo, para vogal do banco central, o que não aconteceu.
Bruno Simão
Sara Ribeiro sararibeiro@negocios.pt 06 de Junho de 2019 às 16:43

A Fibroglobal, que gere redes de fibra nas zonas rurais do centro do país e Açores construídas com apoios públicos, garantiu à Anacom que reduziu os preços cobradas às operadoras para acederem à sua rede.

Em comunicado, o regulador adianta que a empresa informou "que procedeu à alteração dos preços das suas ofertas grossistas de redes de alta velocidade das zonas Centro e Açores, em linha com o proposto pela Anacom e determinado pelo Estado português". Assim, com este passo, "os preços reduzem-se em média entre 30% e 66%, consoante os tipos de acesso", detalha a entidade liderada por Cadete de Matos.

A Anacom recomendou a redução dos preços cobrados pela Fibroglobal depois de ter recebido queixas da Nos e da Vodafone de não conseguirem aceder à mesma devido aos preços avultados. Apenas a Meo, que é acionista da Fibroglobal, acede a esta rede.

Apesar de ter cumprido a obrigação de baixar os preços, a Fibroglobal não seguiu a recomendação de abrir novas classes de débito na oferta grossista bitstream (200 Mb, 400 Mb e 1Gb) e  introdução da funcionalidade "multicast", possibilitando a oferta de serviços de televisão e de Internet de banda larga, revelou o regulador.

As polémicas em torno da Fibroglobal

A alteração da estrutura acionista da Fibroglobal - com a venda da participação de 95% pela Visabeira à sociedade luxemburguesa JMO - decorreu no final de 2016. Além de não haver informações sobre os novos donos, a transação aconteceu ao mesmo tempo em que as operadoras rivais da Meo reclamavam por não conseguirem aceder à rede da Fibroglobal, que foi construída através de um concurso público em 2010. Só a Meo, que detém os restantes 5% da empresa, é que conseguiu, segundo os seus concorrentes, usar a rede.

A DS Telecom, por sua vez, foi a vencedora do mesmo concurso para outras zonas do país. E esta infraestrutura é utilizada pelos restantes operadores, como a Nos e a Vodafone têm destacado.

Estas queixas das concorrentes da dona da Meo levaram mesmo a Anacom a intervir. Após ter sido mandatada pelo Governo para conduzir o processo de investigação à oferta da Fibroglobal, a entidade liderada por Cadete de Matos concluiu que tinha preços muito elevados. E propôs que a Fibroglobal descesse os valores cobrados entre 30% e 66%, consoante o tipo de acesso. Uma recomendação que foi seguida pelo Governo no arranque deste ano e, agora, pela empresa.

Ver comentários
Saber mais Fibroglobal Cadete de Matos Anacom telecomuniações
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio