Notícia
CaixaBank/BPI: Investigação a Isabel dos Santos pode pressionar a Nos mas não deve afetar gestão
A investigação sobre um alegado desvio da Sonangol para uma conta de uma empresa offshore do Dubai, controlada pelo advogado Jorge Brito Pereira, "chairman" da Nos, pode pôr pressão na sua posição na empresa. No entanto, não deve afetar a gestão, segundo os analistas do CaixaBank/BPI.
O alegado desvio de 115 milhões de dólares que a Sonangol terá feito em 2017, quando Isabel dos Santos era a presidente, para uma conta bancária da Matter Business Solutions, uma empresa "offshore" com sede no Dubai e controlada pelo advogado Jorge Brito Pereira, "chairman" da Nos, pode criar alguma pressão sobre a posição da angolana na empresa de telecomunicação portuguesa, segundo os analistas do Caixabank/BPI.
A investigação, levada a cabo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ na sigla inglesa), do qual faz parte o Expresso, revelou mais de 700 mil documentos que mostraram que entre maio a novembro de 2017, Isabel dos Santos, presidente da Sonangol, fez com que a petrolífera estatal angolana transferisse pelo menos 115 milhões de dólares de fundos públicos para o Dubai.
"Isto (a investigação) pode criar pressão na Nos e aumentar a especulação sobre a posição de Isabel dos Santos na empresa", pode ler-se numa nota dos analistas do Caixabank/BPI.
Os analistas do banco de investimento acrescentaram que "no entanto, não acreditamos que que seja provável ver algum distúrbio na gestão da empresa, uma vez que os quadros foram recentemente reeleitos".
Mas Jorge Brito Pereira, principal advogado de Isabel dos Santos, não era o único português e conhecido da angolana nessa empresa do Dubai. O diretor da Matter Business Solutions era Mário Leite da Silva, principal gestor de negócios da empresária angolana, e Paula Oliveira, que o Expresso diz ser amiga próxima e sua sócia noutras sociedades, era a diretora. Ambos têm cargos na administração da portuguesa Nos.
Jorge Brito Pereira é também administrador da joalharia suíça De Grisogono e presidente da Efacec Power Solutions e dos bancos BIC e BFA. Posições, através das quais, representa os interesses de Isabel dos Santos e do seu marido Sindika Dokolo.
Segundo o que o consórcio de jornalistas apurou (e que o Expresso revelou) Mário Silva e Paula Oliveira não assumiram nos seus currículos públicos a ligação à empresa Matter Business Solutions. No entanto, o semanário português adianta que os nomes de ambos "constam nos registos do Dubai e as suas assinaturas surgem a representar a companhia offshore em dois acordos relacionados com os pagamentos da Sonangol".
Hoje, as ações da Nos sobem 0,04% para os 4,960 euros por ação.
A investigação, levada a cabo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ na sigla inglesa), do qual faz parte o Expresso, revelou mais de 700 mil documentos que mostraram que entre maio a novembro de 2017, Isabel dos Santos, presidente da Sonangol, fez com que a petrolífera estatal angolana transferisse pelo menos 115 milhões de dólares de fundos públicos para o Dubai.
Os analistas do banco de investimento acrescentaram que "no entanto, não acreditamos que que seja provável ver algum distúrbio na gestão da empresa, uma vez que os quadros foram recentemente reeleitos".
Mas Jorge Brito Pereira, principal advogado de Isabel dos Santos, não era o único português e conhecido da angolana nessa empresa do Dubai. O diretor da Matter Business Solutions era Mário Leite da Silva, principal gestor de negócios da empresária angolana, e Paula Oliveira, que o Expresso diz ser amiga próxima e sua sócia noutras sociedades, era a diretora. Ambos têm cargos na administração da portuguesa Nos.
Jorge Brito Pereira é também administrador da joalharia suíça De Grisogono e presidente da Efacec Power Solutions e dos bancos BIC e BFA. Posições, através das quais, representa os interesses de Isabel dos Santos e do seu marido Sindika Dokolo.
Segundo o que o consórcio de jornalistas apurou (e que o Expresso revelou) Mário Silva e Paula Oliveira não assumiram nos seus currículos públicos a ligação à empresa Matter Business Solutions. No entanto, o semanário português adianta que os nomes de ambos "constam nos registos do Dubai e as suas assinaturas surgem a representar a companhia offshore em dois acordos relacionados com os pagamentos da Sonangol".
Hoje, as ações da Nos sobem 0,04% para os 4,960 euros por ação.