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EuroBic põe fim a relação comercial com entidades lideradas por Isabel dos Santos
O banco liderado por Teixeira dos Santos vai "encerrar a relação comercial com entidades controladas pelo universo da acionista Eng.ª Isabel dos Santos", que detém 42,5% do EuroBic. O banco vai ainda pedir uma auditoria.
O EuroBic vai deixar de fazer negócios com entidades controladas pela empresária angolana Isabel dos Santos, que detém 42,5% do banco. Esta é a reação da entidade liderada por Teixeira dos Santos à informação avançada no caso "Luanda Leaks".
O banco vai "encerrar a relação comercial com entidades controladas pelo universo da acionista Eng.ª Isabel dos Santos e pessoas estreitamente relacionadas com a mesma", de acordo com um comunicado enviado pelo EuroBic esta segunda-feira, 20 de janeiro.
O banco liderado por Teixeira dos Santos refere ainda que "os pagamentos ordenados pela cliente Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) à Matter Business Solutions respeitaram os procedimentos legais e regulamentares formalmente aplicáveis no âmbito da regular relação comercial existente entre este banco e a Sonangol, designadamente os que se referem à prevenção do branqueamento de capitais".
Além disso, o EuroBic decidiu ainda "solicitar a realização imediata de uma auditoria aos movimentos referidos". E "remeter ao Banco de Portugal todo o processo em poder do EuroBic referente às operações envolvendo as quantias transferidas pela Sonangol para a Matter em novembro de 2017 bem como informá-lo das decisões tomadas".
Já o regulador afirmou, também num comunicado, ter "pediu hoje ao EuroBic informação que permita avaliar o modo como a referida instituição analisou e deu cumprimento aos deveres a que está sujeita em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo". E que "retirará as devidas consequências, nomeadamente em matéria prudencial e contraordenacional".
Isabel dos Santos detém uma participação de 42,5% no banco. De acordo com informação avançada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas, no qual se inclui o Expresso e a SIC, depois de o conselho de administração da Sonangol, que era liderado pela empresária, ter sido exonerado, registou-se uma transferência avultada por parte da petrolífera. De 57 milhões de dólares, o saldo ficou negativo em cerca de 450 mil.
(Notícia atualizada.)