O Twitter registou perdas de 131,7 milhões de dólares no terceiro trimestre, contra 175,5 milhões no período homólogo de 2014, informou a empresa em comunicado após o fecho das bolsas no outro lado do Atlântico. Além desta redução dos prejuízos, se forem excluídos os itens extraordinários, o lucro por acção foi de 10 cêntimos, quando os analistas inquiridos pela Bloomberg apontavam para 5 cêntimos.

Esta performance foi aplaudida, mas não foi suficiente para animar o mercado. Isto porque a tecnológica liderada por Jack Dorsey prevê que as receitas no quarto trimestre fiquem entre os 695 e os 710 milhões de dólares, muito abaixo das expectativas dos analistas – que esperavam um número em torno de 741,6 milhões de dólares. No terceiro trimestre, as receitas ascenderam a 569,2 milhões, mais 58% do que há um ano.

Outro factor que está a penalizar a rede social – que segue a cair mais de 7%, para 28 dólares por acção, na negociação fora do horário regular, depois de ter subido 1,5% no fecho da sessão, para 31,34 dólares – prende-se com a decepção relativamente ao número de utilizadores activos.

No terceiro trimestre – ainda Dorsey era CEO interino – a base de utilizadores cresceu 11% para 320 milhões, mas as estimativas apontavam para 324 milhões.

Jack Dorsey, que assumiu este mês a presidência executiva do Twitter (a par da Square), tem sido franco em relação às debilidades da rede social e não tem elevado a fasquia em matéria de expectativas, lembra a Bloomberg.

A rede social é bastante popular junto de celebridades, políticos e jornalistas e Dorsey – que é co-fundador da empresa – está a tentar que o Twitter se focalize na obtenção de um maior número de utilizadores, chegando a um público mais vasto.